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Meirelles afirma que superávit mostra compromisso com disciplina

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje que o superávit primário - arrecadação do governo menos os gastos com as autarquias municipais, estaduais, federal e as empresas estatais - de R$ 11,901 bilhões, registrado em abril, mostra o compromisso do governo com a disciplina fiscal. Segundo ele, é mais um indicativo de que o Brasil está no caminho certo e que, cada vez mais, tem fundamentos sólidos para enfrentar a vulnerabilidade externa. Durante palestra para 300 executivos, reunidos pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), em Campinas, Meirelles comentou que o dia de hoje era um bom dia porque "sempre é mais fácil dar notícia boa", numa referência ao resultado do crescimento do PIB de 2,7% no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2003, divulgado ontem pelo IBGE (veja mais informações no link abaixo). Ele disse que, neste momento, não é considerada a possibilidade de uma revisão para cima da projeção de crescimento do PIB de 2004, de 3,5%. Meirelles sugeriu que as pessoas trabalhem mais e critiquem menos. "Quanto mais cedo pararmos de duvidar que o País está crescendo e pararmos de pedir a redução da taxa de juros, mais tempo teremos para resolver uma série de questões importantes", afirmou. Apesar do tom otimista de seu discurso, Merelles encerrou sua exposição de uma hora dizendo que esse não é "um momento de euforia nem de festa", pedindo aos empresários que continuem trabalhando para ajudar o Brasil. Erros do passado Ele reafirmou que o País está crescendo de forma sustentada e não apenas de forma episódica. Segundo ele, até a divulgação dos números pelo IBGE, havia uma certa ansiedade sobre a recuperação do País. "Isso é normal, é legítimo, mas compete ao homem público manter a serenidade, firmeza e não ter precipitações", disse. Ele explicou que a ansiedade não pode levar as pessoas a repetirem erros do passado, citando explicitamente uma série de planos econômicos que o País adotou e que fracassaram. O presidente do BC reafirmou também que o País tem fundamentos sólidos para enfrentar a vulnerabilidade do mercado internacional. Segundo ele, mesmo em um cenário de estresse, como foi o de 2002, o País não terá problemas para honrar seus compromissos externos e terminar o ano com reservas internacionais confortáveis.

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