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Meirelles aproveita PIB maior e defende política de juros

Presidente do BC disse que elevação da capacidade de crescimento ocorreu a partir da "estabilização da economia e da manutenção da inflação baixa e na meta"

Por Agencia Estado
Atualização:

Em um comentário sucinto e técnico sobre a revisão do crescimento econômico nos primeiros anos do governo Lula, feita com base na nova metodologia para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, defendeu nesta quarta, indiretamente, a política monetária praticada por sua diretoria. Ele disse que a elevação da capacidade de crescimento do País ocorreu a partir da "estabilização da economia e da manutenção da inflação baixa e na meta", segundo comentário distribuído por sua Assessoria de Imprensa. Para ele, a reestimativa de um crescimento médio da economia de 2,6% para 3,3% nos primeiros três anos do mandato de Lula representa um sinal da capacidade de crescimento do País. Divulgado nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o novo patamar de crescimento médio da economia foi provocado pela mudança na metodologia de cálculo do PIB. Ao analisar os novos números, Meirelles disse que duas "conquistas" têm ajudado a aumentar a previsibilidade da economia: o emprego e a renda da população. "Os novos dados (do IBGE) demonstram, por exemplo, que somente em 2005 o aumento do consumo das famílias foi superior a 7%", disse. Em inúmeras ocasiões, o presidente do BC tem repetido que a principal contribuição do Banco Central para viabilizar o crescimento econômico é manter a inflação na meta. Meirelles disse que a elevação de 11% da estimativa do tamanho do PIB brasileiro provocará uma redução da relação dívida/PIB. "Isto reforça ainda mais o quadro de melhora dos indicadores de solvência do país registrado nos últimos anos com a redução da volatilidade macroeconômica", disse. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a dívida líquida do setor público de 2005 passou de 51,5% para 46,5% do PIB com a mudança na metodologia de cálculo do indicador divulgado pelo IBGE. Para 2006, as estimativas de mercado são de que a dívida passe de 50% para 45% do PIB.

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