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Meirelles defende superávit para estabilidade econômica

"É necessário estabilidade econômica, inflação que convirja para as metas e um superávit primário suficiente que permita que a relação dívida pública/PIB seja decrescente. Não há exemplo de país que cresça na instabilidade e com a inflação fora de controle", disse.

Por Agencia Estado
Atualização:

Sem qualquer menção aos ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil), o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reafirmou hoje a necessidade de geração de um superávit primário - arrecadação menos despesas, exceto o pagamento de juros - que permita uma relação decrescente da dívida pública sobre o Produto Interno Bruto (PIB). Num breve pronunciamento, justificado pela reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta semana, que reavaliara a Selic, a taxa básica de juros da economia, Meirelles defendeu a estabilidade econômica e a convergência da inflação para a meta como pré-requisitos para o crescimento do País a longo prazo. "É necessário estabilidade econômica, inflação que convirja para as metas e um superávit primário suficiente que permita que a relação dívida pública/PIB seja decrescente. Não há exemplo de país que cresça na instabilidade e com a inflação fora de controle", disse Meirelles, fazendo em seguida uma defesa do respeito às instituições e das regras "para termos o País que sonhamos". Em outro trecho, afirmou que "nenhum dos países vencedores buscou caminhos fáceis. Buscaram melhores resultados não só a curto prazo, mas a médio e longo prazos". No encerramento da apresentação, reforçou o tom, dizendo: "O Brasil precisa do trabalho do dia a dia, eficaz, duro e sério. Isso é o que vai fazer o Brasil chegar ao primeiro mundo e não soluções mágicas". Antes de fazer uma breve exposição sobre a situação do crédito (tema do seminário promovido pela Febraban), o presidente do BC fez um improviso em que fez as afirmações citadas anteriormente e sustentou que, hoje, o País "produz resultados sólidos". Citou uma série de indicadores, como geração de emprego, saldo das contas correntes e aumento das reservas. "A economia está equilibrada e tem condições para continuar crescendo nos próximos trimestres, semestres e principalmente nos próximos anos", afirmou, reconhecendo, em seguida, que há problemas a serem solucionados.

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