O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse há pouco que o presidente em exercício Michel Temer vai dar apenas as linhas gerais da política econômica do seu governo e o ministro da Fazenda e Previdência, Henrique Meirelles, vai detalhar as medidas em uma coletiva amanhã de manhã.
À espera do quarto ministro em dois anos, o Ministério da Fazenda amanheceu, pela primeira vez, sem um dirigente. Nelson Barbosa foi exonerado no início da manhã de hoje e não compareceu à Pasta. Ficará a cargo do secretário-executivo, Dyogo Oliveira, apresentar ao sucessor de Barbosa, Henrique Meirelles, o que o aguarda.
Segundo Padilha, o enfoque do governo será "ajustar, dar mais disciplina aos gastos" públicos. O governo Temer já cortou dez ministérios e deve, segundo Padilha, reduzir o número de cargos comissionados. Ele afirmou que a redução de cargos não vai atrapalhar o apoio político dos partidos e que é necessário que o governo seja mais leve. "É como na casa da gente, quando as coisas apertam, eu deixo de ir ao cinema ou comprar um terno novo", afirmou.
Enquanto a nova equipe não toma posse, o ministério da Fazenda passou o dia em compasso de espera. De acordo com uma fonte, os trabalhos da Pasta hoje estão "em marcha meio lenta".