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Meirelles diz ao PT que política monetária é 'de esquerda'

Por AE
Atualização:

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, definiu sua política monetária como ?de esquerda? a uma delegação do PT que o procurou ontem para municiar-se de argumentos capazes de responder aos questionamentos de suas bases eleitorais quanto ao aumento das taxas de juros. Meirelles se inspirou em pronunciamento do senador Jefferson Péres (PDT-AM), recentemente falecido, no qual afirmou que ?política monetária frouxa é política monetária de direita, porque corrói o salário do trabalhador?. Segundo o presidente do BC, os dados de aumento de consumo da família brasileira e a transferência de parte das classes D e E para a classe C, mostram que a inflação foi derrotada pela política monetária aplicada, com efeito direto e positivo na renda do povo. Os parlamentares assistiram a uma exposição minuciosa do momento econômico do País, com dados que explicam o comportamento do BC criticado pelo mercado e pela própria base aliada do governo Lula. Ele retrocedeu aos anos 70, do primeiro choque dos preços do petróleo aos dias de hoje, para explicar erros e acertos de países que reagiram de formas diferentes às crises mundiais. Nesse contexto, mencionou que as políticas monetárias mais duras e os ajustes mais amargos que recuperaram economias em crise foram aplicadas por governos de esquerda, citando os governos de Jimmy Carter, nos EUA, de Tony Blair, na Inglaterra, e de Felipe González, na Espanha. A defesa da política adotada pelo BC a integrantes da bancada do PT ocorreu ontem horas antes de a Fitch Ratings anunciar que reconhece o Brasil como porto seguro para investidores, confirmando a elevação do País ao grau de investimento. O chamado ?investment grade? foi dado primeiramente pela Standard & Poor?s e pela canadense DBRS. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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