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Meirelles diz que não há necessidade da volta da CPMF no momento

Ministro da Fazenda afirmou que orçamento é sustentável e que reforma da Previdência será votada ao fim da intervenção no Rio de Janeiro

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Por Redação
Atualização:

Não há previsão de aumento de impostos para ajudar nas contas públicas, afirmou nesta quarta-feira, 21, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ele também afastou a necessidade da volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) em 2018.

“No momento não é necessário”, afirmou o ministro em entrevista à rádio Bandeirantes, quando questionado especificamente sobre o retorno da CPMF. “Não há esta necessidade, não este ano”, acrescentou. O ministro também indicou que o governo não tentará aprovar pontos da reforma da Previdência por meio de projetos de lei ou outras iniciativas. “Não me parece justificável soluções alternativas (para a reforma da Previdência)”, disse. Apesar disso, ele considera que a reforma das aposentadorias não está 'sepultada' e será votada tão logo a intervenção federal no Rio de Janeiro seja encerrada.

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda Foto: André Dusek/Estadão

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Depois de dizer que o Orçamento de 2018 está “sustentável”, Meirelles pontuou que, sem a reforma da Previdência, haverá necessidade de aumento de impostos no futuro.+ Monitor do PIB da FGV aponta alta de 1,0% em 2017

O ministro ainda colocou um ponto final na tentativa de aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema depois da intervenção federal na segurança pública no Estado do Rio de Janeiro, que impede alterações constitucionais enquanto estiver em vigor. Para tentar mostrar compromisso com o reequilíbrio fiscal mesmo assim, o governo apresentou uma lista com 15 medidas econômicas, boa parte delas já em tramitação no Congresso Nacional, investida que foi duramente criticada tanto pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), quanto o da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).+ Política de financiamento estudantil gerou passivo 'elevado' ao Tesouro, diz Meirelles

Nesta manhã, Meirelles tentou atenuar o mal estar e classificou o episódio como um 'mal entendido'. Ele voltou a dizer que o Congresso é soberano e que votará o que julgar adequado, com os presidentes das Casas sendo responsáveis por definir as pautas. Perguntado sobre eventual candidatura à Presidência, Meirelles repetiu que tomará uma decisão sobre o assunto apenas em abril, já que agora está focado na recuperação da economia.

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