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Meirelles e governadores se reúnem semana que vem para definir teto dos Estados

Secretários de Fazenda dos governos regionais apresentaram proposta de adoção do limite por dez anos

Foto do author Eduardo Rodrigues
Por Eduardo Rodrigues e Isabela Bonfim
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que irá se reunir com governadores na próxima semana para fechar a proposta de acordo sobre a adoção de um teto para o crescimento dos gastos estaduais. Ontem, os secretários de Fazenda dos governos regionais apresentaram proposta de adoção do limite por dez anos, atrelado ao IPCA do ano anterior, mas com a exclusão dos investimentos nessa conta. 

Meirelles evitou avaliar se essa exceção para os investimentos no teto enfraqueceria o ajuste fiscal dos Estados. "Estamos analisando a proposta dos secretário estaduais e vamos continuar conversando até a próxima semana. Aí sim me reunirei com os governadores para fechar essa questão", respondeu. 

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles Foto: Dida Sampaio/Estadão

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O ministro reafirmou que o governo usará os recursos da repatriação de ativos no exterior que ficaram com a União para quitar restos a pagar, descartando assim uma ajuda ainda maior aos Estados - que já receberam parte do imposto devido e, graças ao acordo costurado ontem, também receberão parte das multas. 

"Não há dúvidas de que quitar restos a pagar é importante porque isso reduz pendências para os próximos anos. Esse é um dos nossos objetivos", enfatizou. 

PEC do Teto. Meirelles afirmou que não há expectativa de mudanças no texto da PEC do Teto, que deverá ser votado na próxima terça-feira (29), em primeiro turno no Senado Federal. A votação final está agendada para 13 de dezembro.

"É um texto bastante consolidado, inclusive na percepção da sociedade e na percepção internacional", afirmou o ministro. Segundo ele, a aprovação do projeto é importante para consolidar a visão otimista que agentes econômicos internacionais já possuem sobre a recuperação econômica do Brasil. 

Odebrecht. Meirelles também disse não estar preocupado com os possíveis desdobramentos da delação premiada preparada por executivos da construtora Odebrecht sobre a tramitação de medidas econômicas no Congresso Nacional.

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"Tenho uma postura de serenidade porque as instituições estão funcionando normalmente. O País não para. Isso faz parte de um processo investigatório normal, e a economia continua funcionando. O povo brasileiro e o Congresso continuam trabalhando", afirmou, após encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). 

Ele voltou a afirmar que a expectativa do governo é de que as reformas enviadas ao Parlamento sejam aprovadas. "Em resumo, prevalece o interesse da população brasileira. Existe uma consciência muito grande da necessidade de se aprovar as medidas. O Brasil continuará a funcionar independentemente da evolução normal dos trabalhos do Judiciário", concluiu.

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