Apesar de não ter aproveitado a reunião desta segunda-feira, 6, com ministros e assessores para tratar de problemas econômicos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dividirá seu dia entre a avaliação eleitoral e a de acompanhamento da crise nas bolsas de valores do Brasil e outros países do mundo. O presidente, de acordo relato de interlocutores seus à Agência Estado, encarregou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, de apresentarem aos líderes e dirigentes dos partidos aliados, na reunião desta segunda do Conselho Político, uma avaliação da situação econômica do País e dos problemas que podem surgir. Veja também: Investidores estão correndo para o dólar, diz Celso Ming Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise Entenda o pacote anticrise que passou no Senado dos EUA A cronologia da crise financeira Veja como a crise econômica já afetou o Brasil Entenda a crise nos EUA Lula, segundo os interlocutores, pedirá o apoio dos políticos na luta para superação dos problemas. O início da reunião do Conselho Político, cujos integrantes formam a chamada coalizão do governo, foi marcada para as 16 horas. O Conselho é integrado pelos líderes e dirigentes de 14 partidos. Antes da reunião, Mantega e Meirelles concederão entrevista coletiva, às 15h30, no auditório da Fazenda, para falar sobre a crise. O presidente insistiu na realização da reunião do Conselho nesta segunda-feira, apesar de ser o dia imediatamente posterior ao primeiro turno das eleições. A preocupação do presidente é com o fato de que, não fazendo a reunião nesta segunda, ela só poderia ser realizada no dia 22 de outubro, porque os ministros Mantega e Meirelles viajarão a Nova Iorque. No encontro desta segunda deverá ser feita também uma avaliação dos resultados do primeiro turno das eleições. E a previsão é de que o presidente já ouvirá as primeiras queixas de candidatos que atribuirão suas derrotas ao que consideram pouco empenho do governo em suas campanhas, o que poderá significar dificuldades para o Executivo no Congresso.