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Meirelles explica queda do PIB, mas não convence senador

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse há pouco, em resposta ao senador César Borges (PFL-BA), após sua exposição na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que a questão do desenvolvimento econômico é uma preocupação obsessiva do governo. Ele esclareceu ao parlamentar que, ao fazer um comentário sobre o cenário para o crescimento econômico este ano, não estava querendo dizer que tudo está uma maravilha e que o País vive em outro mundo. Mesmo assim, Meirelles enfatizou que o fato de o PIB ter apresentado queda de 0,2% no ano passado pode ser visto com cuidado, uma vez que esse comportamento reflete mais o desempenho da economia no primeiro semestre de 2003. "No segundo semestre, nós já tivemos uma melhora no desempenho da economia. Portanto, essa questão da queda de 0,2% é olhar pelo retrovisor", afirmou o presidente do BC. Ele também respondeu ao senador que a expectativa média de crescimento da economia para este ano encontra-se em torno de 3,5%. De acordo com Meirelles, as previsões mais pessimistas para a expansão do PIB para este ano estão em 2,8% e as mais otimistas trabalham para uma possibilidade de crescimento superior a 4%. Senador não se convenceu O senador César Borges, ao sair da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, afirmou que não ficou convencido com a avaliação feita sobre a economia brasileira pelo presidente do Banco Central. Segundo ele, as autoridades econômicas sempre apresentam números e estatísticas que acabam não se confirmando em relação à economia brasileira. Ele citou como exemplo a previsão que fazia o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, no ano passado, de um crescimento do PIB de 2,5%, que acabou se materializando em apenas 0,2%. "São números dos quais os próprios petistas discordam, ao fazer sua avaliação da política econômica", observou o senador. De qualquer forma, o presidente do BC se comprometeu junto aos senadores a voltar ao Senado para checar se as suas previsões de crescimento econômico para este ano estarão corretas ou não.

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