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Meirelles: liberação de compulsórios estabilizou o sistema

Foto do author Célia Froufe
Por Célia Froufe (Broadcast)
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou hoje que a liberação de depósitos compulsórios, no período de 26 de setembro de 2008 até 11 de fevereiro deste ano, somou R$ 99,8 bilhões. "Tem funcionado muito bem. Isso estabilizou o sistema", disse em palestra realizada durante o prêmio "Qualidade em Bancos 2008" da revista Banco Hoje. Durante a exposição, Meirelles afirmou ainda que a intervenção do BC no mercado de câmbio somou US$ 33,8 bilhões (de 19 de setembro de 2008 até o último dia 11), dos quais US$ 14,5 bilhões destinados ao mercado à vista, US$ 9,7 bilhões em linhas de recompra e US$ 9,6 bilhões em empréstimos para exportação. A injeção líquida no período foi de US$ 27,4 bilhões. De acordo com Meirelles, as linhas de crédito para rolagem de dívidas externas têm potencial de injeção de US$ 36 bilhões, o que favoreceria 4 mil empresas. Crédito Para Meirelles, o grande tema da reunião dos países que compõem o G-20, que acontecerá em abril em Londres, será o restabelecimento das linhas de crédito para importação e exportação de países emergentes e em desenvolvimento. "A maior parte dos países não tem reservas para repor essas linhas de financiamento", afirmou. Meirelles lembrou que o Brasil já vinha acumulando reservas antes da crise e que este trabalho do Banco Central sofreu inúmeros críticas. Ele reconheceu que essas críticas tinham procedência, pois, ao separar determinada quantia de recursos, é gerado um custo. A acumulação de reservas, no entanto, mostrou posteriormente que o trabalho foi acertado, segundo o presidente do Banco Central. Meirelles voltou a dizer que os bancos brasileiros ainda apresentam um patamar mínimo superior ao que é regulamentado pelo acordo de Basileia 2, e que o Brasil está mais bem preparado para enfrentar a crise do que no passado e do que outras nações. Segundo ele, nas viagens que realizou ao exterior no início desse ano, foi perceptível o consenso de que o Brasil crescerá acima da média mundial. "A dúvida é de quanto será essa média mundial", disse, arrancado risos da plateia. O presidente do BC ressaltou que a crise não foi gerada no Brasil. "Não se trata de uma situação agradável, há problemas como o aumento do desemprego, mas temos agido", afirmou.

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