24 de março de 2010 | 20h01
Entre as medidas que podem atuar para desvalorizar o real estão a possibilidade de manter recursos captados por meio de Deposity Receipts (DRs) no exterior e a permissão para o Tesouro Nacional adquirir dólares para pagar dívidas a vencer em até dois anos. "A finalidade não é fazer com que suba o valor do dólar. Já se foi o tempo no Brasil em que se tomavam decisões normativas para mudar a taxa de câmbio. Hoje não precisamos fazer isso", disse Meirelles. Ele explicou que é difícil mensurar o efeito final das medidas sobre a cotação do dólar ante o real.
Em relação às compras de dólar que o BC tem feito mesmo com o fluxo cambial negativo, Meirelles afirmou que também não significam mudança de política cambial nem uma tentativa de desvalorizar o câmbio. Segundo ele, o BC compra os dólares que são ofertados pelas instituições no leilões e, no longo prazo, o objetivo continua sendo o de comprar o fluxo cambial. "As vezes o fluxo está à frente do BC e, em outras vezes, o BC está à frente do fluxo, como é o caso agora", disse.
Meirelles afirmou ainda que o BC considera que, na margem, ainda é benéfico para o País acumular reservas internacionais.
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