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Meirelles: mundo terá desaceleração substancial

Por CÉLIA FROUFE E RICARDO LEOPOLDO
Atualização:

A economia mundial vai desacelerar "substancialmente" em 2009. Este foi um dos consensos aos quais chegaram os representantes de aproximadamente 40 bancos centrais do mundo que estão reunidos em São Paulo para o encontro bimestral do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), segundo relatou nesta tarde o presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles. De acordo com ele, é aguardado, inclusive, que os países industrializados registrem contração do Produto Interno Bruto (PIB). "Os emergentes continuam a crescer, mas a taxas menores", relatou Meirelles. Outro consenso ao qual chegou o grupo é de que o mercado melhorou desde o início de outubro, mas ainda está longe da normalidade. Estas conclusões foram feitas durante reuniões que ocorreram na parte da manhã, e que trataram de conjuntura - à tarde, as reuniões foram sobre o mercado de câmbio. No início da entrevista coletiva à imprensa, o presidente do BC salientou que a decisão de atitudes anticíclicas depende da situação de cada país. Ele citou como referências a conta corrente, as reservas internacionais e as contas públicas. "Cada país adota medidas convenientes a sua economia", avaliou. De acordo com ele, o governo brasileiro tem adotado medidas para preservar o País dos efeitos da crise e, entre outras, citou a liberação dos compulsórios. Meirelles lembrou que a crise começou em países desenvolvidos, mas que pelos canais de crédito atingiu as economias emergentes. Ele voltou a dizer que o Brasil possui uma posição relativamente melhor do que alguns outros países e também do que a sua própria no passado. Disse, porém, que "ninguém é imune a crise".

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