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Meirelles: para equilibrar demanda e oferta, juro ou inflação

"Não existe a alternativa de deixar esse desequilíbrio (oferta/demanda) indefinidamente", disse

Por Adriana Chiarini e da Agência Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que quando existe um desequilíbrio entre oferta e demanda que não seja sustentável, há duas formas de ajustes: "uma organizada, com a política monetária conduzida pelo BC, e outra 'descontrolada', com inflação."   Veja também:  ''É cedo para comemorar a queda do IPCA''  Pela primeira vez em 18 semanas, cai projeção para IPCA   "Não existe a alternativa de deixar esse desequilíbrio (oferta/demanda) indefinidamente", disse Meirelles, em palestra no seminário "Grau de Investimento, um novo ciclo para o Brasil", promovido pela Associação e Sindicato dos Bancos do Rio de Janeiro. Na interpretação de Meirelles, o ex-diretor-gerente do FMI e atual presidente do Banco Central de Israel, Stanley Fischer, "disse ontem que deixar a inflação sem controle teria efeito perversos sobre o PIB." Segundo o presidente do BC brasileiro, a inflação não leva a maior crescimento econômico. Pelo contrário, Meirelles destacou em sua apresentação que a inflação sob controle significa maior previsibilidade, o que reduz a taxa de retorno exigidas pelos investidores, aumenta os prazos e leva a um volume maior de investimentos. Meirelles ressaltou ainda que além do canal de transmissão de crédito, a política monetária tem um canal importante nas expectativas de mercado. Essas expectativas são usadas como parâmetros para formação de preços para a sociedade. Ele argumentou ainda que o aumento dos juros estimula a poupança. Segundo Meirelles, o grau de investimento significa que a economia é previsível e continuará "tendo um comportamento adequado para o investimento".

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