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Meirelles participa de reunião do BIS neste final de semana

Por Agencia Estado
Atualização:

Diante da crise política, a credibilidade da economia brasileira será testada nesse fim de semana na Basiléia. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, participa das reuniões no Banco de Compensações Internacionais (BIS) com os xerifes das finanças mundiais, incluindo a direção do Federal Reserve Bank, dos Estados Unidos, e do Banco Central Europeu. Os primeiros encontros informais ocorrem amanhã e a principal reunião está marcada para segunda-feira, quando Meirelles participa, como convidado, do encontro com os dez maiores bancos centrais do mundo para avaliar o cenário internacional. Há uma semana, o BIS afirmou que os bons fundamentos da economia brasileira criaram uma blindagem contra a crise política. O banco lembra que em julho os investidores estavam "tão receptivos" aos títulos da dívida brasileira que o governo foi capaz de retirar a maior parte de seus C-Bonds (um dos principais títulos da dívida brasileira) que restavam nos mercados. Meirelles também insiste desde o ano passado que o Brasil deixou de ser motivo de preocupação dos xerifes das finanças e que a situação do País não é mais razão de debates apreensivos por parte dos demais banqueiros durante as reuniões na Basiléia. O próprio presidente do BCE, Jean Claude Trichet, também já elogiou publicamente a política monetária e fiscal do País, mas sempre pediu que a atenção não fosse reduzida. Desde a última vez que esteve na Basiléia, no final do primeiro semestre do ano, Meirelles já foi consultado de maneira informal se política monetária seria mantida, ainda que houvesse uma mudança na composição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Preocupação com clima institucional Hoje, a curiosidade não é tanto em relação à manutenção da política macroeconômica, que já mostrou que deverá seguir, mas o clima institucional no País. Há quem acredite, na Europa, que se a crise política for prolongada no Brasil, a confiança do mercado pode começar a cair. "Temos que ter um ambiente tranqüilo no Brasil para investir", afirmou um alto executivo da Nestlé. A empresa não está revendo seus planos para o Brasil, mas admite que os problemas de corrupção fazem os executivos em geral "pensarem bem antes de tomar decisões sobre o Brasil".

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