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Meirelles prefere manter votos do Copom em sigilo

Por FABIO GRANER E RENATA VERÍSSIMO
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, manifestou-se contrário à abertura dos votos dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo ele, esse não é o sistema consagrado internacionalmente e não é praticado na maioria dos bancos centrais. Quando define a taxa Selic (juro básico da economia), o Copom divulga apenas o resultado final da votação (se a decisão foi unânime ou então o número de votos contrários e a favor). O presidente do BC vota em caso de empate. Na visão de Meirelles, no regime de metas de inflação, a mensagem que a autoridade monetária passa para a sociedade é muito importante para a coordenação das expectativas. E, segundo ele, a abertura de votos exigiria que cada um dos diretores fizesse uma ata explicando a decisão. Meirelles explicou aos deputados e senadores, em audiência hoje no Congresso Nacional, como ocorre a votação do Copom e destacou que nenhum diretor chega com o seu voto pronto, como ocorreria em uma decisão judicial. Ele disse que a recomendação é que os diretores não cheguem com seus votos escritos para estarem abertos à discussão. Fundo soberano O presidente do BC disse que só agora as equipes técnicas estão trabalhando com a idéia de criação de um fundo soberano para o Brasil. Segundo ele, essa proposta já existia e foi divulgada para evitar boatos, mas as idéias do fundo soberano ainda são preliminares. "A única questão que está resolvida é que o fundo não será pago pelas reservas que são administradas pelo Banco Central", disse. Afirmou que o fundo soberano terá uma administração com estrutura diferenciada e captação própria.

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