PUBLICIDADE

Publicidade

Meirelles prevê crescimento do crédito de bancos pequenos

Segundo o presidente do Banco Central, crédito dessas instituições mostrará crescimento 'proximamente'

Por Adriana Chiarini
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, prevê que "proximamente" o crédito dos bancos privados pequenos e médios mostrará crescimento em relação a setembro do ano passado, quando o banco de investimentos americano Lehman Brothers pediu concordata e a crise entrou em sua pior fase. O crédito dos bancos privados pequenos e médios caiu 1,5% de setembro de 2008 a junho deste ano. No entanto, a queda já foi maior e tem se reduzido nos últimos meses.

 

Veja também:

PUBLICIDADE

 

Meirelles não chegou a dizer para quando espera a troca para um sinal positivo do porcentual."Vamos esperar os dados de julho", desconversou, após receber a medalha do Mérito Industrial da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Desde setembro o crédito dos bancos públicos aumentou 25,2%, devido à política anticíclica e o crédito dos bancos privados de grande porte cresceu 9,8%. Meirelles disse também que dos US$ 24,4 bilhões vendidos pelo BC, em leilão direto a exportadores, como medida contra os desdobramentos da crise financeira mundial, US$ 20 bilhões já foram resgatados.

 

Afirmou ainda que dos US$ 14,5 bilhões que o BC vendeu no mercado à vista para instituições financeiras, já foram recuperados US$ 8,2 bilhões. Ele lembrou ainda a atuação do BC no mercado de derivativos, onde no momento o banco "está zerado". Segundo Meirelles, pela primeira vez durante uma crise, o BC brasileiro estava em condições de baixar juros em uma atitude anticíclica. Ele ainda afirmou que a taxa de juros real está em 4,9%. É o mínimo histórico, assim como o da taxa de juros básica nominal, a Selic, em 8,75%.

 

Em palestra, lembrou ainda que a produção de automóveis em julho caiu um pouco "em função do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), que antecipou as vendas". Segundo ele, a redução divulgada ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) "é normal". O Brasil, em sua opinião, está saindo da crise "sem deteriorar suas estruturas financeiras e monetárias".

 

"Não há dúvida de que políticas responsáveis em todas as áreas têm que ser mantidas para que a credibilidade do País continue a prevalecer", afirmou. Ao ser perguntado sobre o aumento de gastos públicos correntes,respondeu que esse dado é incorporado nas projeções de inflação do BC, assim como outros, tais como a evolução da arrecadação e dos investimentos. "Existe sim um efeito nisso nas projeções de inflação do BC que já estão incorporadas nos números divulgados, principalmente nas últimas atas do Copom e certamente isso ficará mais detalhado no relatório de inflação de setembro", disse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.