Publicidade

Meirelles reafirma meta de inflação em 5,1% neste ano

Fazendo uma defesa da atuação do Banco Central no controle da inflação, Meirelles afirmou que uma política monetária "bem sucedida leva a um crescimento de longo prazo maior".

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, chega ao Congresso, onde participa hoje de audiência pública nas comissões de Desenvolvimento Econômico, Fiscalização Financeira e Finanças e Tributação O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reafirmou hoje, em sessão conjunta de seis comissões do Congresso Nacional, que a política monetária do BC continua guiada pelo objetivo do cumprimento da meta de inflação de 5,1% para este ano. Ele destacou, durante sua apresentação, que o porcentual perseguido pelo BC está dentro do intervalo de tolerância da meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional para este ano - de 4,5%, com intervalo de tolerância de dois e meio pontos porcentuais para cima e para baixo. Para 2006, a meta estabelecida pelo CMN é de 4,5%, com intervalo de dois pontos porcentuais para cima e para baixo. Meirelles ressaltou que a inflação do primeiro semestre deste ano teve redução de 0,32 ponto porcentual em relação a igual período do ano passado. Com isso, a taxa de inflação recuou de 3,48% para 3,16%. A inflação dos preços livres, segundo Meirelles, teve queda de 0,64 ponto porcentual no mesmo período, recuando de 3,77% no primeiro semestre de 2004, para 3,13% no primeiro semestre deste ano. O presidente do BC destacou ainda a redução do número de instituições financeiras que trabalham com a expectativa de que a inflação fique acima do teto das metas de inflação. Ele lembrou que entre outubro de 2002 e o início de 2003, o porcentual das instituições que acreditavam no estouro da meta estava em quase 100%. No primeiro semestre deste ano, essa taxa vem se aproximando do zero. "Brasil cresce de forma balanceada" Fazendo uma defesa da atuação do Banco Central no controle da inflação, Meirelles afirmou que uma política monetária "bem sucedida leva a um crescimento de longo prazo maior". Para ele, a avaliação sobre o custo fiscal da política de juros não pode ser restrita ao impacto que a Selic, a taxa básica de juros da economia, tem sobre os títulos a ela indexados. "O impacto direto dos juros de curto prazo nas contas públicas é apenas parte do efeito macroeconômico da política monetária. À medida que ela é bem sucedida, tem impactos fiscais positivos indiretos, por meio de seus efeitos sobre as expectativas. Isso se refletem em preços melhores para os títulos públicos. Além disso, impacta positivamente também a inflação, a taxa de câmbio e o crescimento de longo prazo, fatores que beneficiam a política fiscal." O presidente do BC avalia que a economia brasileira cresce de forma equilibrada. Segundo ele, "não existem desequilíbrios evidentes na economia que possam levar à crise." De acordo com Meirelles, a economia brasileira já cresceu por oito trimestres consecutivos e está se aproximando do recorde de crescimentos trimestrais ininterruptos. Segundo ele, a expansão acumulada nesse período de oito trimestres foi de 9,2%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.