PUBLICIDADE

Publicidade

Meirelles reconhece crescimento menor e isenta juro de culpa

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, avaliou hoje, em audiência pública a seis comissões do Congresso, que o País vem crescendo num ritmo "não muito forte" neste ano, mas isentou a alta dos juros de culpa pela desaceleração. Segundo ele, o PIB menor é causado pela diminuição da safra agrícola e do aumento da inflação no início deste ano "já contido, após atuação do Banco Central". Para ele, "a conseqüência deste aumento inflacionário foi a queda da renda e consumo", mas que a inflação já começou a cair "de acordo com a previsibilidade". "Teremos condições de presenciar uma retomada (do crescimento) mais pronunciada", disse. Crédito O presidente do Banco Central disse que não pode ser contra o aumento do crédito na economia em função de objetivos de curto prazo do BC. "O nível de crédito no Brasil é historicamente baixo, isso é negativo", disse. Para ele, o aumento do crédito eleva a capacidade de crescimento da economia, mas reconheceu que há uma contradição entre a política de juros que visa a reduzir o crédito e uma elevação ao mesmo tempo dos empréstimos na modalidade de desconto em folha. Ele disse que o BC, ao tomar a decisão sobre juros, leva em conta vários fatores que não se restringem apenas à questão do crédito. "Temos que ver essa questão de uma forma mais ampla", afirmou. Dólar O presidente do Banco Central disse que a taxa de câmbio continua depreciada em relação à média histórica de dez anos, mas negou medidas de intervenção. "Procuramos não adicionar volatilidade à taxa de câmbio e não interferir em sua tendência de flutuação", disse. Meirelles informou que o Banco Central comprou em mercado, no ano passado, US$ 5,3 bilhões. Em 2005, o BC já adquiriu US$ 10,2 bilhões até maio. Ele afirmou que o aumento do emprego demonstra os bons resultados da política econômica e citou que nos três primeiros meses de 2005 o desemprego é o mais baixo desde 2002. "Mês a mês, batemos recorde de criação de empregos no Brasil", afirmou. Ele disse ainda que a massa salarial real da indústria apresenta evolução desde 2003 até abril de 2005.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.