03 de novembro de 2009 | 16h49
Conforme Meirelles, o desempenho brasileiro está trazendo de volta a teoria do descolamento, que havia sido demolida após o colapso do Lehman Brothers, em setembro do ano passado. Ele lembrou que alguns setores, como as vendas no varejo, não chegaram a ser afetados, pela sustentação fornecida pela demanda doméstica. "A crise foi muito menos severa no Brasil, durou três meses."
O presidente do BC explicou o processo de estabilização econômica em curso no Brasil desde 1999 e os sistemas de responsabilidade fiscal e metas de inflação, que permitiram a solidificação dos fundamentos e uma posição favorável em meio à crise internacional. "No passado, (a crise) teria sido um desastre", disse. Para Meirelles, a atual situação do Brasil torna algumas vantagens do País mais evidentes neste momento, como a democracia já estabelecida, as garantias para os investimentos privados, a estabilidade das regras e a liberdade de imprensa.
Ele avalia, no entanto, que há desafios importantes, como estimular a formalização dos negócios, melhorar as condições sociais, manter a responsabilidade fiscal e monetária e administrar o papel de exportador de commodities, especialmente com o desenvolvimento dos grandes campos de petróleo. Meirelles citou que as principais fontes de entrada de recursos no País hoje são os investimentos externos diretos e o mercado de ações.
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