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Meirelles reduz importância dos furacões na economia mundial

Segundo ele, se a economia norte-americana se comportar do jeito que está previsto, os furacões deverão ter uma menor relevância para a economia mundial.

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje que a economia mundial não deverá sofrer impacto mais profundo devido aos furacões Katrina e Rita, este último a atingir o litoral do Texas e de Louisiana. "Os furacões não são fonte de preocupação da economia mundial no médio prazo, pois o impacto será apenas no curto prazo. Já no médio prazo, as atividades de recuperação e de reinvestimento poderão fazer com que a economia não sofra efeitos mais prolongados", afirmou Meirelles antes de participar de reunião do Centro de Estudos Monetários Latino-Americano (CEMLA), durante a reunião anual conjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial. Segundo ele, se a economia norte-americana se comportar do jeito que está previsto, os furacões deverão ter uma menor relevância para a economia mundial. Petróleo Já sobre a questão dos preços do petróleo, Meirelles disse que o que estamos observando é uma crise diferente das anteriores, uma vez que, por um lado, trata-se de uma crise de demanda e não necessariamente de oferta. "No entanto, há também problema de oferta, principalmente no que se refere ao refino do petróleo", ressaltou Meirelles. Há, de acordo com o presidente do BC, uma preocupação com a falta de investimentos na área de refino de petróleo, "particularmente na conversão de petróleo pesado para o leve". Ele disse que, na reunião do G-7 (grupo dos sete países mais desenvolvidos) realizada hoje na sede do Tesouro norte-americano, a falta de investimentos na área de refino foi profundamente debatida. "Particularmente por alguns países que estão fazendo investimentos aquém do necessário no refino e também na prospecção", disse. Segundo Meirelles, na reunião do G-7, traçou-se um cenário ainda bastante confortável para a economia mundial, com funcionamento de mercados capaz de absorver os choques. Indagado se a ata do Copom havia sido conservadora demais, Meirelles respondeu que não faria nenhum comentário sobre a ata.

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