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Meirelles reforça tom cauteloso da ata e defende prudência do BC

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Por Redação
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, aproveitou uma apresentação no Congresso, nesta terça-feira, para reforçar o tom de cautela expresso pelo Comitê de Política Monetária (Copom) ao explicar a interrupção dos cortes da taxa básica de juro do país. Segundo ele, existe uma defasagem entre uma decisão monetária tomada pelo BC e seus efeitos sobre a atividade econômica e a inflação. Portanto, para consolidar um cenário de maior estabilidade dos preços, os bancos centrais precisam ser cautelosos. "De vez em quando, bancos centrais devem tomar atitudes de prudência", afirmou. Na ata da última reunião do Copom, divulgada na semana passada, os diretores do BC afirmaram que as incertezas associadas aos mecanismos de transmissão da política monetária e ao ritmo de crescimento da oferta e da demanda no país justificavam uma pausa no processo de flexibilização da política de juro. No documento, os diretores destacaram que "a prudência passa a ter papel ainda mais importante" dentro do processo de estabilização dos preços, considerando a piora dos riscos que rondam a inflação. Mas Meirelles ponderou que prudência "certamente não é o esgotamento do processo de normalização, de crescimento, de expansão da atividade produtiva da economia brasileira". Na reunião de outubro, o Copom interrompeu um ciclo de dois anos de corte da taxa Selic. A decisão de manter o juro em 11,25 por cento ao ano foi tomada por unanimidade. (Por Isabel Versiani)

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