13 de novembro de 2009 | 11h02
Meirelles lembrou que, quando os bancos internacionais passaram a restringir crédito, em meio a uma crise sistêmica séria e importante, o Brasil tinha recursos de reservas e de compulsórios, o sistema financeiro nacional tinha um colchão de capital e o setor público, uma situação financeira adequada. Meirelles destacou que o total da demanda por dólares, no auge da crise, que o BC se propunha a atender somava US$ 80 bilhões, mas foram efetivamente emprestados apenas US$ 24 bilhões, sendo US$ 14,5 bilhões de venda de dólares no mercado à vista. "Foi uma ação rápida", disse. "Muitas pessoas, na época, pediam ações precipitadas ou ansiosas. Mas era importante que tomássemos ações que fossem na direção necessária. Era preciso dimensionar o problema", afirmou.
A ação adequada do BC, segundo Meirelles, teve efeito multiplicador no mercado e reequilibrou as condições econômicas. Com isso, observou, a oferta de crédito doméstica foi retomada - Meirelles lembrou que em setembro de 2009, a média diária de concessão de crédito somou R$ 7,3 bilhões, acima da média observada entre janeiro e setembro de 2008, de R$ 7,1 bilhões. Também as reservas internacionais voltaram a crescer. E o nível de emprego no Brasil já é melhor do que o período pré-crise. Meirelles chamou a atenção para o fato de terem sido criados, desde a crise, 1 milhão de empregos formais. Ainda que parte deles sejam de qualidade baixa - em função do avanço do emprego na área de construção civil, devido a estímulos governamentais - o quadro de emprego no Brasil "é um dos melhores, senão o melhor, do mundo."
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