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Meirelles: temos desde 2005 tendência de crescimento

Por FABIO GRANER E FERNANDO NAKAGAWA
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou em sua apresentação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que o País vive um momento de crescimento robusto da economia. Segundo ele, em 2005, o Brasil estava iniciando um ciclo de crescimento sustentável. E, agora, os dados mostram que a partir de julho de 2006, a economia entrou em uma trajetória mais vigorosa de crescimento. Ele mencionou o dado mais recente do IBGE, que mostrou crescimento de 5,7% do PIB no terceiro trimestre. "Desde 2005, temos uma tendência crescente de evolução do produto", disse Meirelles. Segundo o presidente do BC, a expansão econômica está vindo acompanhada de alta significativa no consumo das famílias e também de uma expansão forte nos investimentos. Meirelles lembrou que a taxa de investimento foi um problema crônico do Brasil nas últimas décadas. Mas enfatizou que todos os indicadores estão mostrando uma elevação nos investimentos. "O crescimento na Formação Bruta de Capital Fixo é vigoroso, mostrando confiança no crescimento da economia brasileira e na estabilidade", disse Meirelles, adicionando a esses dois fatores de estímulo ao investimento o menor custo de capital. Além da confiança dos empresários, Meirelles disse que há uma maior confiança da população que acredita que vai continuar empregada e, por isso, tem havido uma expansão no consumo de bens duráveis. Ainda em relação aos investimentos, Meirelles disse que tem havido uma aceleração nos últimos meses da absorção doméstica de bens de capital, outro indicador que reflete a maior confiança na economia. Apesar de destacar a alta vigorosa nos investimentos, Meirelles também mencionou que a utilização de capacidade instalada, medido pela FGV, atingiu 87,2% em novembro, o nível mais alto desde 1995. "O uso da capacidade instalada está em patamar bastante elevado, mostrando a força da atividade doméstica", disse Meirelles. O presidente do BC também apresentou os dados do emprego formal da economia e afirmou que, neste ano, o País pode bater o recorde de geração de empregos, verificado em 2004. Meirelles pontuou ainda a alta dos rendimentos e destacou que a combinação de elevação na renda e no emprego e os programas sociais fizeram com que 20 milhões de pessoais saíssem das classes D e E, e alcançassem a classe C. Nesse ponto, o presidente da CAE, Aloizio Mercadante, brincou, pedindo para Meirelles parar a apresentação por ali, para não deixar a oposição nervosa e prejudicar as negociações no Senado. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), respondeu que a oposição é ao governo, e não ao País. E afirmou que a escolha de Meirelles para a presidência do Banco Central foi uma das coisas boas que este governo fez.

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