PUBLICIDADE

Meirelles vai falar no Senado sobre política monetária

A audiência pública marcará o início de uma fase em que a diretoria do BC deverá comparecer trimestralmente ao Congresso para prestar contas da política de juros

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, e a diretoria do órgão irão participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para discutir, no próximo dia 27, a política monetária implementada pelo BC. A informação foi divulgada pelo presidente da CAE, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), e foi confirmada pela Assessoria de Imprensa do BC. A audiência pública marcará o início de uma fase em que a diretoria do BC deverá comparecer trimestralmente ao Congresso para prestar contas da política de juros. Atualmente, Meirelles só é obrigado a comparecer duas vezes por ano ao Legislativo, mas pode ir mais vezes se for convidado. Meirelles considerou positivo o fato de passar a prestar contas com mais assiduidade no Congresso. "A ida ao Senado com mais freqüência é uma oportunidade positiva para debatermos a política monetária que tem gerado uma inflação baixa e na meta definida pelo governo, beneficiando toda a sociedade brasileira", disse. Segundo Mercadante, na reunião desta terça da CAE, foi fechado um acordo entre seus integrantes para que o comando do BC preste contas de sua atuação trimestralmente, período em que a comissão tem que aprovar a programação monetária. "Esse é um instrumento obsoleto, não faz sentido em um regime de metas de inflação. Os senadores querem é discutir a política monetária, mesmo porque temos a maior taxa de juros do mundo", afirmou Mercadante. Segundo o senador, na próxima reunião da CAE será apresentado um projeto de resolução do Senado determinando o comparecimento trimestral da diretoria do BC para dar explicações sobre a política monetária. De acordo com o presidente da CAE, as duas audiências semestrais que já ocorrem tradicionalmente no Congresso serão consideradas como atendimento à resolução a ser aprovada, de modo que Meirelles e seus diretores ficarão obrigados a comparecer ao Parlamento quatro vezes por ano. Crítica Na semana passada, em entrevista à Agência Estado, Mercadante criticou a desaceleração do ritmo de cortes na taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 13% ao ano), que vinha sendo de 0,50 ponto porcentual e foi reduzida para 0,25 ponto porcentual, na mais recente reunião do Comitê de Política Monetária. Na visão do senador, toda a conjuntura econômica, sobretudo a manutenção do juro norte-americano e a inflação interna abaixo da meta, permitia a continuidade dos cortes na Selic em 0,5 ponto porcentual. Matéria alterada às 18h02 para acréscimo de informações

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.