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Melhor setembro da história para arrecadação, informa Receita

Por Agencia Estado
Atualização:

Em relação a setembro de 2002, a arrecadação de setembro registrou uma queda real de 19,16%. O resultado refletiu basicamente o ingresso de receitas atípicas de 2002 que não se repetiram este ano. O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil - a Previ - foi o responsável, sozinho, pelo ingresso de R$ 1,8 bilhão em receitas extraordinárias em setembro de 2002, o que faz com que a comparação fique um pouco prejudicada. Excluídas essas receitas atípicas, as receitas administradas no mês passado ficaram 2,68% acima do registrado no mesmo período de 2002. Na avaliação do secretário-adjunto da Receita, Ricardo Pinheiro considerando essa distorção na comparação com 2002, a arrecadação do mês passado foi "o melhor setembro da história da Receita Federal". Fatores que influenciaram receita de setembro A receita administrada apurada no mês passado somou R$ 20,472 bilhões, o que representou um aumento real (considerando a variação do IPCA no período) de 6,38% em relação ao mês de agosto. Apesar do secretário-adjunto da Receita, Ricardo Pinheiro, creditar esse crescimento ao movimento de recuperação da economia, boa parte é resultado da recuperação de R$ 300 milhões em débitos em atraso referentes ao Imposto de Renda de empresas e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). O pagamento da primeira parcela ou cota única do ITR também influenciou o resultado de setembro, assim como o aumento de 23,60% no volume de importações feitas no período, que acabou gerando um aumento real de 16,08% na arrecadação do Imposto de Importação e de 24,75% no IPI vinculado às importações. Sinal de crescimento A arrecadação apurada por meio da Cofins apresentou um crescimento de agosto para setembro de 3,10%. Esse tributo é uma dos melhores indicadores de atividade econômica, já que ele reflete a receita bruta das empresas. Na avaliação de Pinheiro, o volume de dinheiro arrecadado com essa contribuição vem sendo ampliado, gradativamente, desde julho, o que pode ser entendido como um indicador de que a atividade econômica no País está, lentamente, retomando seu fôlego.

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