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Melhora na telefonia ainda não é suficiente

Por Rafael Moraes Moura , Fabio Fabrini e BRASÍLIA
Atualização:

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou ontem que, pelas informações que recebeu da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), houve melhora nos serviços das companhias de telefonia e internet móvel, mas "não no padrão que ainda precisa ser alcançado". "O que houve é que o presidente da Anatel (João Batista de Rezende) reafirmou que vai continuar fiscalizando e cobrando, porque ainda não se tem os índices que estão sendo buscados pela agência e que as empresas se comprometeram a atingir", disse o ministro, referindo-se às afirmações feitas anteontem pelo o presidente do órgão regulador. Em audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, Rezende classificou como insatisfatórios os resultados obtidos pelas operadoras de serviços de telecomunicação na fiscalização realizada no final de novembro."O resultado mostra que as empresas estão trabalhando, mas ainda estão muito longe do ideal. Uma melhora definitiva vai depender do aumento dos investimentos e, enquanto isso, as companhias continuam sendo multadas normalmente", disse Rezende na terça, após a reunião. Intervenção. A enxurrada de reclamações de consumidores pela má qualidade dos serviços prestados pelas operadoras de telefonia fez o governo intervir no setor neste ano. Em julho, a Anatel proibiu vendas de novas linhas das operadores com pior avaliação em cada Estado. A TIM foi punida em 18 Estados, a Oi em cinco e a Claro em três.A liberação das vendas foi condicionada à apresentação de planos de investimentos pelas operadoras para melhorar a qualidade do serviço.O presidente da Anatel não informou ontem dados sobre o desempenho das operadoras nos nove indicadores de qualidade de serviços.Questionado se estão descartadas novas punições às empresas de telefonia, o ministro Paulo Bernardo respondeu: "não gostaria de falar isso" e brincou que pelo menos seu aparelho celular está com a conexão funcionando.

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