BRASÍLIA - O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse nesta quinta-feira, 7, não saber avaliar se o DEM, seu partido, precisará obrigar seus parlamentares a votar a favor da reforma da Previdência, o chamado fechamento de questão. Ele afirmou não ter condições de avaliar a estratégia do partido.
Mendonça Filho esquivou-se de responder se vai se afastar do cargo de ministro para votar a favor da reforma: "Prefiro não fazer uma antecipação com relação a minha posição. Não vou mudar minha convicção por conveniência eleitoral. Pode ser um pouco suicida, mas é minha maneira de agir."
Ele é deputado federal licenciado por Pernambuco e pré-candidato do DEM ao governo do Estado. Temer exonerou Mendonça e outros ministros deputados na votação das denúncias criminais contra ele.
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Na ocasião, o partido não fechou questão em defesa do presidente e sete deputados votaram contra os interesses de Temer.
"Às vezes você precisa fechar questão e às vezes não precisa. O partido tem se mostrado muito disciplinado em todas as votações relevantes e difíceis. Acho que vai ser assim novamente, independente de fechar ou não questão", disse o ministro da Educação depois de participar da sanção do Novo Fies, no Palácio do Planalto.
"Não tenho condição de opinar porque não estou dentro do parlamento e pode ser uma posição politicamente inadequada para mim, na condição de ministro. Prefiro deixar a executiva do partido avaliar".
A cúpula do Democratas tem se mostrado reticente quando à iniciativa. O presidente nacional, senador Agripino Maia (DEM-RN), disse que não dá para "botar tanta fé" na reforma.
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dos principais articuladores pró-reforma, hesita em marcar um cronograma de votação porque o governo ainda não atingiu o número de votos que dê margem de segurança para a aprovação de novas regras da aposentadoria.