PUBLICIDADE

Publicidade

Meneghelli assume a presidêndia do Sesi

Por Agencia Estado
Atualização:

Numa cerimônia concorrida, que lotou o auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com políticos, empresários e ministros, o ex-sindicalista e ex-deputado Jair Meneguelli tomou posse hoje como presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi). Ele é o primeiro sindicalista a assumir um cargo que sempre foi ocupado por representantes da indústria. Amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem deve a indicação para o cargo, Meneguelli foi um dos fundadores do PT e até 1994 também presidiu a Central Única dos Trabalhadores (CUT). No discurso de boas vindas o presidente da CNI, deputado Armando Monteiro (PMDB-PE), destacou o conteúdo de natureza política da nomeação. Monteiro destacou que nesse momento "os velhos antagonismos são superados e se busca a convergência para construir uma agenda positiva para o País". O presidente da CNI também fez questão de destacar o papel que o Sesi, que é sustentado com as contribuições do setor industrial, vem cumprindo com êxito ao longo do tempo. Ele disse que o Sesi dispõe de 2.300 estabelecimentos e que está presente em 1.400 municípios brasileiros. "Nesse momento em que o Brasil define suas políticas públicas para a inclusão social, o Sesi pode dar a sua contribuição", disse Monteiro, lembrando que a entidade conta com um milhão de trabalhadores matriculados nos seus programas de educação que visam elevar a escolaridade do trabalhador brasileiro. Meneguelli também elogiou a estrutura que encontrou na entidade e prometeu aumentar a produtividade social de cada centavo gasto, combatendo os desperdícios. Ele disse que vai colocar o sistema Sesi em sintonia com os programas nacionais de inclusão social. "Vamos atuar como parceiros do governo", garantiu. Meneguelli também lembrou que por muitas vezes esteve do lado oposto ao dos empresários. "A prática democrática de negociação certamente amadureceu a todos e por isso estamos hoje sentados aqui lado a lado, imbuídos do interesse em trabalhar juntos", afirmou. Para Meneguelli, o País conviveu ao longo de décadas com um descompasso no planejamento das políticas econômicas e sociais e que isso agora precisa ser corrigido. "Não se semeou a necessária estrutura para se poder, por exemplo, ensinar como se produz uma refeição por R$ 1,00 ao invés de simplesmente entregá-la ao cidadão", explicou numa crítica aos programas que classificou como assistencialistas. De acordo com Meneguelli o Sesi já implantou dezenas de restaurantes educativos que ensinam a produzir refeições baratas e nutritivas. Ele disse que deseja, em sintonia com o programa Fome Zero, ampliar esse programa. Meneguelli também defendeu a promoção de parcerias e a oferta de serviços integrados, que beneficiem toda a comunidade. Veja o índice de notícias sobre o Governo Lula-Os primeiros 100 dias e a área econômica

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.