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Menos da metade da população contribui para Previdência

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais da metade da população ocupada do País, 54,3%, não contribui para a Previdência Social. Um porcentual que representa, em números absolutos, mais de 40 milhões de pessoas, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE na Síntese de Indicadores Sociais 2002. Segundo o levantamento, a situação é mais crítica no Maranhão, onde 81,4% da população ocupada não contribui para a Previdência. A região Norte apresenta o segundo maior porcentual de pessoas que não pagam taxa ao INSS. Em contrapartida, a Região Metropolitana de São Paulo apresenta o mais alto índice de contribuição: 62,1%. Os dados mostram ainda que, entre os homens que recebem aposentadoria e/ou pensão, 36,3%, ou cerca de 1,9 milhão, se mantêm ocupado. Mais de um terço dos homens idosos que recebem aposentadoria continuam trabalhando porque o benefício não é suficiente, avalia o IBGE. Entre as mulheres, o porcentual cai para 17,3%, o que representa em números absolutos 1,1 milhão. Empregadores e servidores têm os maiores rendimentos médios A pesquisa de indicadores sociais do IBGE revelou que, em 2001, o perfil da distribuição de renda do Brasil apontou empregadores (R$ 1.936,10) e servidores civis e militares (R$ 1.044,60) como os brasileiros com maiores rendimentos médios. No f im da fila, ficavam os empregados sem vínculo formal ganhavam em média R$ 355,10, e os trabalhadores domiciliares, com R$ 272,60. No meio, estavam os trabalhadores com carteira assinada (R$ 637,30) e autônomos (R$ 505). As faixas com menores rendimentos, segundo a pesquisa, concentram a maior parte dos brasileiros. Metade ganhava entre meio e dois salários mínimos; 26%, de uma a dois; e 16,2%, até meio salário mínimo. O rendimento médio geral, em 2001, ficou em R$ 595,40, mas com acentuaddas diferenças entre homens e mulheres - respectivamente, ganhavam em média R$ 674,50 e R$ 469,20. No Sudeste, estava a mais alta média (R$ 718,50), e, no Nordeste, a menor: R$ 354,40. A pesquisa de indicadores sociais do IBGE revela ainda que o trabalho para jovens apresentou um recuo no País em 2001. Em 2001, constataram os pesquisadores, o desemprego atingiu mais duramente os grupos etários menos idosos - 15 a 17 anos (13,4%) e 18 a 24 anos ( 12,5%), caindo para 5% na faixa de 25 a 49 anos e para 2,5% no acima de 50. A taxa geral no ano foi de 6,3%. No mesmo ano, continuou a tendência de queda do trabalho infantil: em 1992, 19,6% dos brasileiros de 5 a 1 7 anos trabalhavam, mas em 2001 esse porcentual se reduzira a 12,7%. Dificuldades para obter o primeiro emprego e falta de experiência profissional são apontados pelos técnicos do IBGE como motivos para o alto desemprego entre os jovens.

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