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Mercadante promete medidas para estimular indústria na primeira semana de dezembro

Equipe presidencial monta força-tarefa para criar uma agenda positiva em contraposição às notícias negativas da operação Lava Jato da Polícia Federal

Por Laís Alegretti e Nivaldo Souza
Atualização:
Mercadante: "tem que governar, tem que entregar, tem que resolver" Foto: Estadão

BRASÍLIA - Em mais uma ação para sinalizar aproximação com o setor industrial, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, anunciou nesta quarta-feira, 19, o início das atividades dos grupos de trabalho que vão elaborar propostas de medidas de estímulo ao setor.

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O anúncio também vem em um contexto de preocupação da presidente Dilma Rousseff com a repercussão das investigações da Operação Lava Jato, o que levou a equipe presidencial a montar uma força-tarefa para criar uma agenda positiva. 

Na abertura dos trabalhos, o ministro destacou que o governo "tem que governar, tem que entregar, tem que resolver" e ressaltou que "governo que continua e pode mudar é melhor do que o que simplesmente pode mudar".

Mercadante repetiu o discurso de que o cenário internacional exigirá cada vez mais esforço em relação à competitividade. "A crise internacional exige atitude mais rápidas para enfrentar gargalos", disse.

"O País precisa responder a este cenário". Mercadante defendeu que o governo manteve superávit primário elevado nos últimos anos, disse que o mercado interno foi essencial para enfrentar a crise e que é necessário avançar nas Parcerias Público-Privadas (PPPs) para atrair investimentos privados. Com representantes dos ministérios e do setor produtivo, os grupos trabalharão em iniciativas que contemplem as áreas de infraestrutura, desburocratização, comércio exterior, compras governamentais e inovação. Os grupos têm até a primeira semana de dezembro para apresentarem pareceres. Mercadante falou sobre a necessidade de agilizar marco regulatórios dos portos e defendeu aceleração das obras ligadas ao fornecimento de energia elétrica. Falou, ainda, que é preciso melhorar as condições de mobilidade urbana. Também presente no evento, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, disse que a agenda de discussão reflete um momento desafiador da economia brasileira e da indústria do País. 

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"O mais importante dessa agenda é que ela define e aponta rumos. Não é uma agenda simplesmente de lamentação ou de crítica ao governo, ela olha para o futuro e é fortemente propositiva". Borges disse, ainda, que o governo tem conhecimento profundo de cada uma das medidas propostas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, defendeu a continuidade do trabalho de interlocução "muito próximo" ao setor empresarial no País e disse que o governo pretende mergulhar nas propostas da CNI. "Acho que é o momento adequado para entrarmos em 2015 com uma agenda muito bem definida e com medidas concretas e o processo de implantação dessas medidas", disse. O presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, Jorge Gerdau. defendeu que sociedade e governo tenham ação conjunta para atacar os fatores de competitividade. "O mundo trabalha hoje em todos os campos, procurando a máxima eficiência", disse. "Para atingir patamares de competitividade, isso exige que trabalhemos todos os índices que compõem nosso custo." O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, elogiou a iniciativa do governo e apresentou perspectivas positivas. "Tenho certeza de que a indústria brasileira a partir do trabalho que iniciamos hoje terá um caminho diferente do que temos trilhados nesses dois últimos anos, de dificuldade de crescimento, investimento e capacidade de inovação", disse. 

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