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Mercadante se esquiva de pergunta sobre política econômica

O senador procurou minimizar os efeitos do documento do PT sobre a política econômica do governo

Por Agencia Estado
Atualização:

include "$DOCUMENT_ROOT/ext/politica/tickersobataque.inc"; ?>O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), recusou-se a responder, em entrevista coletiva, se aprova o documento emitido pela direção do PT, na sexta-feira, no qual o partido cobra mudanças e ousadia na condução da política econômica. "Como petista, concordo com todas as decisões do partido, e como líder do governo, sempre defenderei as posições do governo", esquivou-se, após ministrar palestra na Universidade FMU, em São Paulo. "O partido busca apresentar algumas alternativas, sugestões e propostas, exatamente para que o governo discuta nessa perspectiva de crescer e gerar emprego", adicionou. Para ele, o documento petista cobra atitudes que acelerem o crescimento não apenas por parte do governo, mas também de empresários e do Congresso Nacional. "O PT defende o governo e o ajuste econômico que foi feito, porque era absolutamente indispensável ao Brasil, o que permitiu ao País retomar o crédito e baratear o custo do financiamento, combater a inflação e melhorar as exportações", argumentou. "O ministro Antonio Palocci (Fazenda) tem toda confiança do partido e do governo", acrescentou. A autonomia do Copom Na entrevista, Mercadante procurou minimizou a possibilidade de setores do mercado financeiro avaliarem que, por conta do documento emitido pelo PT reivindicando mudanças na política econômica, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central possa manter a Selic para demonstrar autonomia. "Este um argumento para quem não quer a redução dos juros. Uma parte do mercado sempre tem um argumento para não baixar os juros. Mas há uma parte imensa do setor produtivo que espera que os juros possam cair", comentou. O parlamentar também minimizou os efeitos do documento petista, ao afirmar que em todo governo democrático esse tipo de debate se faz presente, independentemente de governo e partido. "Evidentemente que o ritmo (de queda dos juros) depende do Copom, depende da evolução da inflação, e o governo está fazendo todo esforço possível para que os juros possam continuar caindo sustentadamente", argumentou, lembrando que, ao longo do último ano, a Selic recuou dez pontos porcentuais.

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