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Mercado acredita em crescimento menor da economia em 2012

Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, a economia brasileira deve crescer apenas 1,52% neste ano; Juro deve ficar em 7,25% até o fim de 2013

Por Eduardo Cucolo e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - A previsão de crescimento da economia brasileira em 2012 recuou de 1,54% para 1,52% na pesquisa Focus divulgada há pouco pelo Banco Central (BC). Para 2013, a aposta passou de 4,00% para 3,96%. A projeção para o desempenho do setor industrial em 2012 continua negativa e passou de -2,32% para -2,39%. Para 2013, economistas preveem avanço industrial de 4,15%, acima da projeção de 4,10% da pesquisa anterior. Um mês antes, a Focus apontava estimativa de retração de 2,06% neste ano e de expansão de 4,20% no próximo ano.

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Analistas mantiveram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 em 35,20%. Para 2013, a projeção segue em 34%. Há quatro semanas, as projeções estavam, respectivamente, em 35,20% e 34% do PIB.

Juro

A taxa básica de juros (Selic) deve ficar no patamar atual de 7,25% ao ano até, pelo menos, o fim de 2013, de acordo com a projeção dos economistas que participam da pesquisa Focus. A mediana das estimativas para o patamar da Selic na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano, em novembro, mostra novamente estabilidade nos juros.

A projeção para o fim de 2013 também segue em 7,25% ao ano. Há quatro semanas, estava em 8% ao ano. A pesquisa Focus mostra ainda manutenção das expectativas para o juro médio neste ano, em 8,47%. Para 2013, a previsão de Selic média segue em 7,25%. Quatro pesquisas antes, analistas esperavam juro médio de 8,47% em 2012 e de 7,44% no ano que vem.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para a Selic no cenário de médio prazo se manteve em 7,25% no fim de 2012 e no fim de 2013.

Inflação

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A projeção de inflação medida pelo IPCA para 2012 caiu de 5,46% para 5,45%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada há pouco pelo Banco Central (BC). Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,44%. Para 2013, a projeção recuou de 5,40% para 5,39%. Há quatro semanas, estava em 5,42%.

A projeção de alta da inflação para os próximos 12 meses subiu de 5,33% para 5,34%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,41%. Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2012 no cenário de médio prazo se manteve em 5,45%. Para 2013, a previsão dos cinco analistas segue em 5,56%. Há um mês, o grupo apostava em altas de 5,55% e de 5,42% para cada ano, respectivamente.

Conta corrente

O mercado financeiro reduziu a previsão de déficit em transações correntes neste ano. Pesquisa semanal Focus mostra que a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente em 2012 caiu de US$ 55,00 bilhões para US$ 54,60 bilhões. Há um mês, estava em US$ 56,00 bilhões. Para 2013, a previsão de déficit nas contas externas recuou de US$ 66,32 bilhões para US$ 65,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 65,90 bilhões.

Na mesma pesquisa, economistas elevaram a estimativa de superávit comercial em 2012 de US$ 18,90 bilhões para US$ 19,20 bilhões. Quatro semanas antes estava em US$ 18,09 bilhões. Para 2013, a projeção subiu de US$ 15,43 bilhões para US$ 15,52 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 15,00 bilhões.

A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, foram mantidas em US$ 60 bilhões em 2012 e em 2013. Há um mês, analistas esperavam entrada de US$ 59,68 bilhões em 2012 e US$ 60 bilhões em 2013.

Câmbio

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As projeções para a taxa de câmbio no fim de 2012 e de 2013 subiram nas estimativas dos analistas consultados na pesquisa Focus. Para o fim deste ano, passou de R$ 2,02 para R$ 2,03. Para o próximo, subiu de R$ 2,01 para R$ 2,02. Para o fechamento de novembro, a projeção ficou em R$ 2,03.

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