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Mercado aguarda decisão do Copom

Os mercados aguardam a decisão do Copom sobre o patamar de juros da economia. A grande maioria dos analistas esperam pela manutenção nos atuais 19% ao ano.

Por Agencia Estado
Atualização:

De volta após o feriado norte-americano desta segunda feira, os mercados voltam sua atenção para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre o patamar da taxa de juros básica da economia - a Selic. Para a maior parte dos operadores, o provável é que o comitê mantenha inalterada a Selic em 19% amanhã e espere novos resultados de inflação para, quem sabe, cortar o juro na reunião de março. Embora a inflação já tenha apresentado recuo e haja até a perspectiva de alguns índices, como o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, apontarem deflação este mês, o núcleo do IPCA ainda é considerado elevado. Por enquanto, os resultados desse índice não garantem o cumprimento da meta de inflação do ano. Por isso, baseados no discurso adotado pelo Banco Central (BC), o mercado não acredita que o corte do juro ocorrerá amanhã. "Hoje, o mercado considera mais provável que ocorra um corte da Selic na reunião de março e é isso que mantém as taxas abaixo de 19%", afirma um profissional. Como há poucas chances de haver uma mudança nesse cenário, o volume de negócios deve ficar reduzido hoje. No mercado de câmbio, o comportamento das cotações do dólar tem sido ditado pelo fluxo de recursos, que se mostra perto do equilíbrio. Por isso, os operadores avaliam que o preço da moeda norte-americana seguirá próximo à estabilidade, sem se afastar do intervalo que mostra há dias, entre R$ 2,250 e R$ 2,440. Mas, embora o mercado eletrônico futuro sinalize recuo na abertura, os analistas não descartam um ligeiro aumento, como ocorreu ontem. Já as perspectivas para bolsa brasileira continuam desanimadoras. Há pouco, o mercado eletrônico apontava baixa de 0,67% para o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas da Bovespa -futuro, sinalizando abertura em baixa para as ações. Segundo operadores, não há fluxo de compras, de capital interno e muito menos do externo, que possa motivar um movimento de alta sustentado na Bovespa no curto prazo. Além da falta de fluxo, a ausência de fôlego nos mercados acionários internacionais também joga contra a bolsa brasileira. Instantes atrás, os futuros indicavam baixa de 1,32% no Nasdaq e de 0,65% no Dow Jones. Indicador americano Nos EUA, foi divulgado um indicador de reaquecimento da atividade econômica norte-americana, em que o número de novas obras residenciais cresceu 6,3% em janeiro. Esse resultado ficou muito acima da previsão dos analistas entrevistados pela Dow Jones/CNBC, que previam um aumento de 2,6%. Os analistas continuam acreditando que a economia do país estará reaquecida no 2º trimestre deste ano. Números Há pouco, o dólar comercial é vendido a R$ 2,4240 - com queda de 0,45% em relação ao fechamento de ontem. Os contratos de swap (troca) de títulos prefixados por pós-fixados com período de um ano pagam juros de 18,92% ao ano, frente a 18,87% ao ano de ontem. A Bovespa está em queda de 0,11%.

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