PUBLICIDADE

Mercado: Argentina mantém as atenções

A reação dos investidores à situação da Argentina será testada amanhã com a colocação de papéis do governo no mercado. Os conflitos no Oriente Médio continuam e o petróleo pode subir. Quanto à Nasdaq, são esperadas mais oscilações.

Por Agencia Estado
Atualização:

As incertezas externas devem continuar mantendo o mercado brasileiro apreensivo nesta semana. A crise Argentina, que afetou os negócios na sexta, volta a preocupar os investidores. A renúncia do secretário de Inteligência do Estado Fernando de Santibañes, que é amigo do presidente Fernando de la Rúa, não acalmou o mercado e os rumores sobre uma possível saída do ministro Machinea continuam. Amanhã, segundo informa o correspondente Vladimir Goitia, o governo de la Rúa será testado ao colocar US$ 650 milhões no mercado interno em Letras do Tesouro (Letes) de 91 dias e Bônus do Tesouro, com vencimentos entre 2003 e 2005. Também a crise no Oriente Médio segue sem horizonte de solução. O primeiro-ministro Barak, de Israel, confirmou a suspensão do acordo de cessar-fogo com os palestinos ontem após os países árabes, reunidos no Egito, terem culpado Israel pela violência nos territórios ocupados. Os árabes, porém, anunciaram que não vão cortar os suprimentos mundiais de petróleo em represália aos israelentes. Há pouco, os negócios com o petróleo bruto do tipo Brent para entrega em dezembro estavam em queda de 0,02% em Londres, a US$ 31,60 por barril. Outro fator de risco continua sendo a Nasdaq - bolsa dos Estados Unidos que negocia papéis do setor de tecnologia e Internet -, que apresentou forte volatilidade na semana passada. A bolsa americana fechou em alta na sexta, mas o índice futuro do Nasdaq apontava queda de 0,56% há pouco. A maioria dos balanços de empresas americanas já foi divulgado, mas ainda há muitos números para serem anunciados nesta semana, como as grandes da nova economia Amazon, Compaq, Lucent e AT&T. Veja a abertura do mercado hoje A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda de 2,09%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - começam o dia pagando juros de 17,600% ao ano, frente a 17,460% ao ano registrados na sexta-feira. O dólar comercial está cotado a R$ 1,8920 na ponta de venda dos negócios - alta de 0,32% em relação aos últimos negócios de sexta-feira.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.