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Mercado: atenção com Nasdaq e Argentina

A queda da Nasdaq e a situação da Argentina deixam os investidores apreensivos. O preço do petróleo está em queda, mas isso não significa que o problema está resolvido. A Bolsa opera em queda. Dólar e juros sobem.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro continua reagindo às notícias do cenário externo. A queda da Nasdaq - bolsa dos Estados Unidos que negocia papéis do setor de tecnologia e Internet - influencia o desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo que, há pouco, operava em baixa de 1,39%. A Nasdaq registrava queda de 2,07%. O motivo da baixa da bolsa eletrônica é o temor de maus resultados das empresas que estão divulgando resultados nesta semana, sobretudo as tecnológicas e de Internet. Hoje, saem números da Intel e IBM. Amanhã, os da AOL e Microsoft. O recuo da Bolsa também foi atribuído pelos analistas financeiros às preocupações com a Argentina. Não há fato novo hoje sobre a evolução da situação no país vizinho, mas o cenário é preocupante, sobretudo diante das dificuldades políticas do governo de La Rúa. Hoje, o partido Peronista faz reunião e pode decidir por voto contrário ao orçamento do governo, que sofre oposição também de parte da aliança situacionista. O ambiente na Argentina também é conturbado pela greve dos trabalhadores rurais, que prometem parar por seis dias. O petróleo chegou a recuar nesta manhã, reagindo ao entendimento entre Israel e Autoridade Palestina na reunião encerrada hoje no Egito. Contudo, ainda não há sinais de que a onda de pressão sobre o produto tenha acabado. Os negócios com o petróleo bruto do tipo Brent para entrega em novembro estão em queda de 0,62% em Londres, a US$ 31,90 por barril. Diante das incertezas externas, as boas notícias internas acabam tendo pouco efeito sobre os negócios. A privatização do Banestado foi concluída hoje com um ágio espetacular de 303%. A agência de risco Moody´s atribiu ontem uma melhora do rating do Brasil. Mas o mercado interno não dá sinais de reação. Os mercados de juros e dólar também recebem o impacto negativo do mercado externo. No início da tarde, os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 17,240% ao ano, frente a 17,110% ao ano registrados ontem. O dólar comercial está cotado a R$ 1,8720 na ponta de venda dos negócios - alta de 0,32% em relação aos últimos negócios de ontem.

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