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Mercado: atenção com Nasdaq e petróleo

O cenário externo - queda da Nasdaq e preço do petróleo - não abre espaço para uma reação dos negócios no Brasil. A Bolsa de Valores opera em queda de 0,97%. Os juros estão estáveis e o dólar está em alta de 0,11%.

Por Agencia Estado
Atualização:

O baixo desempenho da Nasdaq - bolsa que negocia papéis do setor de tecnologia e Internet nos EUA -, que chegou a registrar queda de 4%, é o principal responsável pela instabilidade no mercado financeiro nessa quarta-feira. No início da tarde, estava em baixa de 0,74%. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tenta se desprender do cenário negativo nos Estados Unidos, mas não consegue evitar a queda. Há pouco, operava em queda de 0,97%. O volume negociado mantém-se baixo - R$ 145 milhões até o início da tarde. O feriado nacional amanhã - Dia de Nossa Senhora Aparecida - também colabora para desestimular a entrada dos investidores. Por que a Nasdaq está em queda? A queda expressiva da Nasdaq reflete uma frustração dos investidores com os resultados trimestrais de empresas norte-americanas que estão sendo divulgados nessa semana. Os lucros ficaram abaixo do esperado e isso tem impacto negativo no mercado acionário global. O da General Electric, uma das empresas com maior peso no índice Dow Jones - que mede a valorização das ações de empresas mais negociadas na Bolsa de Nova York -, veio hoje dentro do esperado. As atenções maiores, agora, se voltam para a AMD, que só deve anunciar os números no final da tarde é pode mexer com a bolsa eletrônica. Operadores explicam que, a cada número ou alerta negativo que é divulgado, como foram os casos da Lucent e Yahoo!, as ações da Nasdaq caem um pouco. Mesmo os papéis de empresas que ainda não divulgaram seus balanços vão embutindo em seus preços a expectativa negativa gerada pelos resultados já conhecidos. Petróleo ainda preocupa o mercado Além do Nasdaq em baixa, o petróleo também deixa o mercado instável. Os negócios com o petróleo bruto do tipo Brent para entrega em novembro estão em queda de 0,11% em Londres, a US$ 31,74 por barril. O petróleo vem registrando alta nos últimos dias e isso aumenta a possibilidade de reajuste dos preços dos combustíveis, o que deve pressionar os índices de inflação. Esse cenário pode comprometer a tendência de novos cortes na taxa básica de juros - Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se nos próximos dias 17 e 18 para reavaliar o patamar de 16,5% ao ano. A expectativa da maioria dos analistas é de manutenção da taxa. O mercado de juros reflete essa tendência. No início a tarde, os juros estavam praticamente estáveis. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 17,000% ao ano, frente a 16,990% ao ano registrados ontem. No mercado de câmbio, a moeda norte-americana está cotada a R$ 1,8590 na ponta de venda dos negócios - alta de 0,11% em relação aos últimos negócios de ontem. Nesse ambiente, os bons resultados de inflação praticamente passaram despercebidos. Esta manhã foi divulgado o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Índice Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao mês de setembro - de 0,23%. No ano, até setembro, o índice acumula alta de 4,87%.

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