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Mercado: atenções com economia dos EUA

Nos Estados Unidos, o ritmo de desaceleração da economia continua preocupando os analistas. No Brasil, a indefinição quanto à realização do leilão da Copene pode mexer com os negócios no mercado de câmbio.

Por Agencia Estado
Atualização:

A definição do resultado da eleição presidencial nos Estados Unidos, apontando George Bush como o novo presidente do país, não deve animar os negócios no mercado financeiro. A demora do processo e outros fatores externos devem ter um peso maior sobre a tendência dos negócios no Brasil. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) já abriu em baixa e há pouco recuava 0,70%. O dólar está cotado a R$ 1,9670 na ponta de venda dos negócios - alta de 0,56% em relação aos últimos negócios de ontem. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - começam o dia pagando juros de 17,190% ao ano - estáveis em relação às taxas registradas ontem. Economia dos EUA atrai atenções O ritmo da desaceleração da economia norte-americana é motivo de preocupação para os analistas. Logo mais será divulgado o Índice de Inflação ao Produtor e amanhã sai a inflação ao consumidor. Os números são aguardados porque revelam as perspectivas para a economia norte-americana. Por outro lado, o banco central dos Estados Unidos já deu sinais de que está atento ao problema e poderá reverter a tendência de alta dos juros em sua próxima reunião no dia 19. Caso o FED promova um corte das taxas ou, o que é mais esperado, indique uma tendência de baixa, a expectativa é de uma reação positiva dos investidores. Os juros nos Estados Unidos vêm subindo desde junho do ano passado, passando de 4,75% ao ano para 6,5% ao ano. O objetivo da política monetária adotada pelos Estados Unidos era de contenção dos índices de inflação e desaquecimento da atividade econômica. A reversão dessa estratégia pode abrir espaço para um corte da taxa básica de juros no Brasil - Selic. Com a melhora do cenário externo e inflação sob controle, a expectativa da maioria dos analistas é de que os juros anuais caiam de 16,5% para 16%. Argentina Contribui para esse cenário, a melhora da situação na Argentina. O ministro da Economia do país, José Luis Machinea, confirmou ontem ao jornal O Estado de S. Paulo que o pacote de ajuda coordenado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) deve ser suficiente para que o país pague todas as suas dívidas no próximo ano. Segundo cálculos do ministro, o valor das dívidas gira em torno de US$ 25 bilhões. O mercado espera que o pacote seja divulgado na próxima semana. Leilão da Copene No cenário interno, o fato que mais pesa no mercado de câmbio nessa manhã é a indefinição em relação ao leilão de privatização da Copene. O Banco Central (BC) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) tentam derrubar uma liminar que impede a realização do leilão. A desistência da norte-americana Dow Química em participar da operação frustrou as expectativas dos analistas que acreditavam em uma entrada de dólares no País, caso a empresa comprasse a Copene. O leilão estava marcado para as 10h mas, meia hora depois, ninguém sabe ainda se, de fato, ele será realizado.

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