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Mercado aumenta projeção do IPCA para 11,84% este ano

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar do aumento da taxa de juros no final de janeiro e da sinalização do governo de que o combate à inflação é prioridade da política econômica, o mercado financeiro continua pessimista em relação ao aumento dos preços esse ano. As expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2003 subiram de 11,44% para 11,84% na pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC) com 76 instituições financeiras. O novo porcentual ficou ainda mais distante dos 8,5% da meta fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para o corrente ano. As previsões de IPCA para 2004, no entanto, permaneceram estáveis em 8%. Diante desse cenário, o mercado mantém a tendência da semana anterior e prevê uma redução ainda menor da taxa de juros, que está atualmente em 25,5%. A média das expectativas de mercado para taxa Selic no fim deste ano aumentou de 20,50% para 21%. No final de janeiro, o mercado esperava que a taxa estivesse em 20% em dezembro. As estimativas para o fim de 2004, em contrapartida, recuaram de 17% para 16,95%. O mercado também está prevendo que o dólar vai se valorizar ainda mais ao longo de 2003. A expectativa dos bancos, financeiras e empresas de consultoria é que o câmbio no final deste ano ficará em R$ 3,64, mais que os R$ 3,61 projetados na semana passada. As projeções para o fim de 2004, por sua vez, aumentaram de R$ 3,79 para R$ 3,80. Com dólar mais caro, inflação e juros em alta, o mercado não alterou as expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2003, que ficou estável em 2%. As projeções para 2004 também ficaram inalteradas em 3%. As estimativas de superávit da balança comercial colhidas na mesma pesquisa permaneceram nos mesmos US$ 15,50 bilhões do levantamento anterior. As projeções de superávit de 2004 ficaram estáveis em US$ 16 bilhões. O mercado ainda não havia assimiliado na semana passada o aumento da meta de superávit do setor público que foi anunciado no final da tarde de sexta-feira, pelo ministro da Fazenda, Antônio Palocci. As projeções para 2003 ficaram estáveis em 4% do Produto Interno Bruto (PIB), ainda abaixo da meta de 4,25% do PIB. Em contrapartida, para 2004, a expectativa do mercado para o resultado fiscal do setor público subiu de 3,75% do PIB para 3,80% do PIB. Para os agentes do mercado financeiro, o déficit em conta corrente do balanço de pagamento permanece estável em US$ 5,6 bilhões. As estimativas de déficit em conta corrente para 2004 também ficaram inalteradas em US$ 5 bilhões. As projeções de investimento direto estrangeiro de 2003 e 2004 ficaram inalteradas em US$ 13 bilhões e US$ 15 bilhões, respectivamente.

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