PUBLICIDADE

Mercado começa o dia mais tranqüilo

A manutenção da Selic não surpreendeu os analistas. O mercado deve continuar influenciado pelo preço do petróleo, que apresenta recuo hoje. As incertezas ainda não foram afastadas totalmente e o investidor deve manter a cautela.

Por Agencia Estado
Atualização:

A manutenção da taxa básica de juros - Selic - em 16,5% ao ano não foi surpresa para investidores e analistas do mercado financeiro. Por isso, não é esperada nenhuma reação nos mercados em função da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). O dia começa muito mais influenciado pelo recuo do preço do petróleo. Em Londres, o óleo bruto é cotado a US$ 33,05 por barril para entrega em novembro. Uma queda de 0,69% em relação às operações de ontem. Com a queda do preço do petróleo e a confirmação da manutenção da Selic, o dólar abriu com tendência de baixa e há pouco estava cotado a R$ 1,8510 na ponta de venda dos negócios - uma queda de 0,27% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta de 0,51%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - começam o dia pagando juros de 17,223% ao ano, frente a 17,320% ao ano registrados ontem. Preço do petróleo influencia inflação Apesar da queda do preço do petróleo, o mercado financeiro deve continuar atento às perspectivas para o cenário internacional, pois a cotação do produto ainda está muito alta. Para o mercado interno, isso pode apresentar conseqüências nos próximos meses, caso o governo seja forçado a aumentar o preço dos combustíveis, em função da manutenção do preço do produto em patamares elevados. O reflexo direto disso recai sobre a inflação, que poderá apresentar pressões de alta nos índices. Mas, de acordo com os analistas, a meta inflacionária estabelecida pelo governo - de 6% com possibilidade de alta de dois pontos porcentuais - será cumprida. O economista Heron do Carmo, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), chegou ontem a sugerir que o governo reajuste os combustíveis já em novembro, como forma de aproveitar a folga da inflação neste final de ano e aliviar a meta para 2001 - de 4% (veja link abaixo). Nesse cenário de reavaliação das perspectivas para a inflação, a política de redução das taxas de juros fica mantida, porém em um ritmo mais lento do que as projeções feitas no início do ano. O BankBoston e a Lloyds Asset Management apostam em mais um corte de 0,5 ponto porcentual até o final do ano. Porém, a redução deve acontecer em novembro ou dezembro. O momento deve ser de cautela por parte dos investidores. Veja no link abaixo a recomendação dos analistas para quem quer aplicar agora ou pretende mudar de investimento.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.