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Mercado começa semana em compasso de espera

A decisão do Copom sobre a redução ou manutenção da taxa básica de juros é aguardada pelos investidores nessa semana. Diante disso, o mercado financeiro pode apresentar algumas oscilações, já que não existe um consenso sobre o resultado.

Por Agencia Estado
Atualização:

Nessa semana, a principal expectativa dos investidores é o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece amanhã e quarta-feira. Diante de fatos favoráveis e desfavoráveis, os analistas não têm uma opinião comum sobre a possibilidade de um novo corte na taxa básica de juros - Selic. A taxa está em 16,5% ao ano e os mais otimistas acreditam que pode cair para 16% ao ano. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve manter certa instabilidade até a definição do Copom. Caso os juros sejam realmente reduzidos, o investimento em ações tende a ficar mais atraente, já que poderá oferecer rendimentos maiores em relação à renda fixa prefixada ou pós-fixada. Porém, o investidor deve continuar direcionando apenas parte de seus recursos para ações. Trata-se de um investimento de risco, que não oferece nenhuma garantia de rentabilidade em qualquer período determinado. Hoje, a Bovespa abriu com pequena baixa de 0,03% e há pouco registrava alta de 0,23%. Oscilações são esperadas também no mercado de juros e câmbio A expectativa em relação à reunião do Copom pode deixar também o mercado de juros instável até quarta-feira. A falta de um consenso em relação à queda de juros ou à sua manutenção pode gerar oscilações. A queda da Selic, que antes era uma certeza, foi revertida diante dos fatos negativos ocorridos na semana passada. Outro fator de expectativa nessa semana é a reunião do banco central norte-americano (FED), que acontece amanhã. Nesse caso, existe um consenso maior. A expectativa é que os juros norte-americanos fiquem estáveis em 6,5% ao ano. Desde junho do ano passado, o FED já promoveu seis aumentos na taxa de juros, que era de 4,75% ao ano. O objetivo é conter pressões inflacionárias e desacelerar a economia dos EUA. O mercado de câmbio também deve ficar em compasso de espera aguardando as decisões do FED e do Copom. No início da manhã, o dólar comercial era cotado a R$ 1,8170 na ponta de venda dos negócios. Na sexta-feira, nos últimos negócios do dia, a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 1,8180. Analistas apontam fatores favoráveis e desfavoráveis para a queda da Selic Entre os fatores positivos para a queda da Selic, analistas apontam a reavaliação da dívida externa brasileira, anunciada pela agência de rating Moody´s na semana passada. Além disso, o sucesso da troca de títulos da dívida brasileira - bradies - por bônus globais de 40 anos e a venda das ações da Petrobras também favorecem novos cortes na taxa básica de juros. Por outro lado, a inflação em alta e a pressão no preço do petróleo criam instabilidade no mercado financeiro, o que não favorece o otimismo de um novo corte de juros. A situação econômica da Argentina, que pediu revisão de suas metas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), atingiu o mercado brasileiro e pode influenciar a decisão do Copom. Veja mais informações sobre o mercado financeiro na semana passada no link abaixo.

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