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Mercado confia em queda da Selic, mas dólar deve aumentar

A pesquisa Focus previu que a próxima reunião do Copom resultará em um corte de 0,5 ponto porcentual dos juros. Dólar deve encerrar maio a R$ 2,16

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado está confiante de que a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser realizada entre as próximas terça e quarta-feira, reduzirá a taxa básica de juros (Selic, atualmente em 15,75% ao ano) em 0,5 ponto porcentual. Pelo menos foi isso o que mostrou a pesquisa Focus, do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira. Ao mesmo passo, os analistas previram uma alta do dólar para o fim do mês, de R$ 2,12 para R$ 2,16. Há quatro semanas, o levantamento mostrava uma tendência de que junho seria encerrado com os juros em 15% ao ano - o que embutia uma expectativa de corte na Selic de 0,75 ponto porcentual. Mas, há três pesquisas consecutivas, a confiança do mercado caiu um pouco, o que fez com que a previsão fosse para 15,25%. Para o final do ano as estimativas de juros não se alteraram, permanecendo em 14,25%. Há quatro semanas essas previsões estavam em 14%. As estimativas para taxa média de juros para este ano, em contrapartida, subiram de 15,28% para 15,34%. Para o fim de 2007 as projeções de juros ficaram estáveis em 13% pela décima semana consecutiva. Dólar Pela segunda semana consecutiva a pesquisa Focus estimou uma valorização da moeda norte-americana para o fim de maio. Para o final de junho próximo as estimativas também aumentaram pela segunda vez seguida, de R$ 2,11 para R$ 2,15. Em contrapartida, para o final do ano o levantamento previu que o dólar valerá R$ 2,20 pela 11ª semana consecutiva. As estimativas de câmbio para o final de 2007 também não se alteraram e permaneceram em R$ 2,35. PIB Pela quarta semana consecutiva, o mercado estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá em 2006. Desta vez, o porcentual passou de 3,58% para 3,59%. Apesar da alta, o estimado ainda é inferior aos 4% esperados pelo próprio BC. As estimativas de expansão industrial este ano, por sua vez, prosseguiram em 4,50% pela quinta semana seguida. As estimativas para o aumento do PIB em 2007 ficaram estáveis em 3,70% pela sétima semana consecutiva. As previsões de crescimento da produção industrial no próximo ano também não mudaram, permanecendo em 4,50%. Dívida As previsões para a dívida líquida do setor público permaneceram estáveis tanto para este ano quanto para 2007. Segundo a Focus, 2006 será encerrado com este total em 50,5% do PIB - porcentual superior aos 50% estimados pelo próprio BC. No ano que vem, este montante deverá estar em 49,10% do PIB. Superávit comercial As projeções de mercado para o superávit da balança comercial este ano subiram de US$ 40,06 bilhões para US$ 40,50 bilhões. A alta interrompeu uma seqüência de três semanas seguidas de reduções destas previsões. Há quatro semanas, essas estimativas US$ 40,37 bilhões. Apesar da alta, as projeções de superávit em conta corrente para 2006 continuaram estáveis em US$ 9 bilhões pela 15ª semana consecutiva. Para 2007, as estimativas de superávit da balança comercial recuaram de US$ 36 bilhões para US$ 35,5 bilhões. A queda interrompeu uma seqüencia de três elevações seguidas destas projeções. Há quatro semanas, as previsões de superávit da balança comercial do próximo ano estavam em US$ 36 bilhões. Mesmo com a queda, as estimativas de superávit em conta corrente para o próximo ano permaneceram estáveis em US$ 4,50 bilhões pela sétima semana consecutiva. Investimentos estrangeiros As projeções de mercado para o fluxo de investimento estrangeiro direto deste ano (IED) ficaram estáveis em US$ 15,50 bilhões pela segunda semana seguida. O valor projetado, entretanto, é inferior aos US$ 18 bilhões esperados pelo próprio BC. Para o próximo ano, as projeções de fluxo de IED também não mudaram e prosseguiram em US$ 16,40 bilhões pela segunda semana seguida. Há quatro semanas, estas projeções estavam em US$ 16,50 bilhões. Este texto foi atualizado às 11h15.

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