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Mercado continua apostando em alta da inflação

Por Agencia Estado
Atualização:

As expectativas de mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2003 voltaram a piorar e subiram de 12,33% para 12,52% em pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC) com um grupo de 100 instituições financeiras e empresas de consultoria. O novo porcentual divulgado hoje é 4 pontos porcentuais maior que os 8,5% de meta fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para o corrente ano e 0,68% ponto porcentual superior aos 11,84% projetados pelo mercado há um mês. As previsões de inflação para 2004 permaneceram estáveis em 8%, ainda acima da meta de 5,5% para o próximo ano. O bom sinal é a primeira divulgação das projeções de mercado para a inflação em 12 meses. O porcentual projetado pelos agentes financeiros ouvidos pelo BC ficou em 11,21%, abaixo dos 12% projetados há cerca de um mês. No relatório de inflação de dezembro do ano passado, o BC trabalhava com uma estimativa de IPCA em 12 meses de 8% no primeiro trimestre de 2004. A projeção levava em conta uma taxa de juros constante de 25% ao ano e uma taxa de câmbio de R$ 3,55. Outro bom sinal colhido na pesquisa feita na semana passada foi a estabilização das projeções de mercado para o IPCA de fevereiro em 1,60%. No levantamento anterior, a estimativa havia subido de 1,50% para 1,60%, depois de ter ficado em 1,20% há cerca de um mês. As previsões de inflação para março, no entanto, mantiveram a tendência de alta e avançaram de 0,85% para 0,87% na pesquisa do BC. Há cerca de um mês as estimativas de IPCA para março estavam em 0,70%. A pesquisa do BC indicou ainda que as estimativas de crescimento da economia em 2003 e 2004 se estabilizaram em 2% e 3%, respectivamente. A previsão feita no relatório de inflação de dezembro era de que a economia se expandiria este ano em 2,4%, casos os juros ficassem constantes em 25% e o câmbio em R$ 3,55. As projeções para a taxa de juros para o final do ano colhidas na mesma pesquisa também se estabilizaram em 22% ao ano, contra os 26,5% em vigor atualmente. As estimativas de juros para o final de 2004 avançaram de 17,53% ao ano para 17,90%. As previsões para a taxa de câmbio do final deste e do próximo ano ficaram estáveis na mesma pesquisa em R$ 3,65 e R$ 3,80, respectivamente. As expectativas de dívida líquida do setor público para 2003 caiu de 55,70% do Produto Interno Bruto (PIB) para 55,55% do PIB, enquanto as projeções para 2004 forma reduzidas de 54,60% do PIB para 54,25% do PIB.

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