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Mercado corta previsão de crescimento do PIB para 0,4% em 2015

Estimativa anterior era de alta de 0,5% neste ano; já a expectativa para 2016 é mais otimista, com expansão de 1,80% na economia, mostra relatório Focus

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Por Célia Froufe (Broadcast)
Atualização:
A estimativa dos analistas é de uma elevação da inflação em 2015 e também no ano que vem, com ênfase nas mudanças para curto prazo Foto: Fábio Motta/Estadão

Assim como ocorreu no ano passado, as projeções do mercado financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano estão minguando. A diferença é que o desânimo com o desenvolvimento da economia começou mais cedo em 2015: a mediana das estimativas no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 12, pelo Banco Central, ficou em apenas 0,40% ante taxa de 0,50% apontada no levantamento anterior - há quatro semanas, a aposta era de uma expansão este ano de 0,69%.

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Já para 2016, a expectativa é mais otimista, de expansão de 1,80% - projeção que foi apresentada no mesmo documento na semana anterior e mantida agora. Quatro semanas atrás, a mediana das projeções de crescimento do PIB no ano que vem era de 1,90%.

Inflação. Na primeira divulgação do Relatório de Mercado Focus com as projeções completas para 2016, a estimativa dos analistas é de uma elevação da inflação em 2015 e também no ano que vem, com ênfase nas mudanças para curto prazo e para o grupo de elite da pesquisa, o Top 5. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, admitiu que o IPCA subiria nos primeiros meses deste ano, mas avaliou que entraria em um período de declínio mais para frente e encerraria 2016 no centro da meta de 4,5%.

De acordo com o relatório Focus, no entanto, a mediana das previsões do mercado financeiro para o IPCA de 2015 subiu de 6,56% para 6,60%, ainda acima do teto da meta perseguida pela autarquia. Há um mês, a mediana estava em 6,50%. A taxa de 6,60% para este ano também foi apontada pelo Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões. Na semana a anterior, o ponto central entre esses cinco participantes era de uma taxa de 6,40% e, quatro semanas atrás, de 6,20%.

Na pesquisa geral, a mediana das projeções para o IPCA de 2016 foi mantida em 5,70% pela sétima semana consecutiva. Agora, com a divulgação das estimativas para o ano que vem, os números do boletim tendem a mudar com mais frequência. Ainda para a inflação de 2016, a taxa passou de 5,25% para 5,60% no grupo Top 5 de médio prazo - um mês antes estava em 5,50%.

Dólar. Um dos indicadores mais acompanhados atualmente pelo mercado financeiro e a população em geral, o dólar deve encerrar este ano cotado a R$ 2,80, de acordo com o Relatório de Mercado Focus. Na pesquisa anterior, a projeção também era de R$ 2,80 e na realizada quatro semana atrás, de R$ 2,72.

Juros. Os analistas do mercado financeiro acreditam que a taxa básica de juros, Selic, subirá 0,50 ponto porcentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para terça e quarta-feira da semana que vem. Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano. Ao longo de 2015, a expectativa de economistas que participam do pesquisa Focus é a de que a taxa básica de juros, Selic, registrará um aumento de 0,75 ponto porcentual este ano e que caia um pouco até o fim do ano que vem.

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A produção industrial segue como principal setor responsável pelas previsões para o PIB em 2015 e 2016. No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de alta de 1,02% para este ano ante 1,04% prevista na semana passada. Na pesquisa realizada quatro semanas atrás, a mediana das estimativas estava em 1,13%. Para 2016, as apostas são de expansão de 2,65% para a indústria - na semana passada, a mediana estava em 2,68% e quatro semanas antes, em 3,00%.

Os economistas também ajustaram suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB. Para 2015, a mediana das previsões saiu de 37,30% para 37,25%. Quatro semanas antes estava em 37,00%. No caso de 2016, as expectativas se mantiveram em 37,80% - no boletim divulgado há um mês a taxa era de 37,50%.

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