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Mercado de crédito continua ativo, mas num patamar menor, diz presidente da Abecip

Atualmente, o mercado de crédito concedido para habitação tem um tamanho de mais de R$ 1 trilhão, sendo cerca de R$ 499 bilhões

Foto do author Cynthia Decloedt
Por Cynthia Decloedt (Broadcast) e Lucas Hirata
Atualização:

SÃO PAULO - O mercado de crédito imobiliário continua ativo, mas seu ponto de equilíbrio deve ser menor do que o de anos anteriores, de acordo com o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Gilberto Duarte de Abreu Filho. O executivo disse que a concessão de financiamento com recursos da poupança, no sistema do SBPE, deve ter um novo ponto de equilíbrio de R$ 50 bilhões.

Para efeito de comparação, foram destinados R$ 75,6 bilhões para aquisição e construção de imóveis em 2015 no SBPE, montante 33% inferior ao apurado no mesmo período do ano anterior, de acordo com dados da entidade. Atualmente, o mercado de crédito concedido para habitação tem um tamanho de mais de R$ 1 trilhão, sendo cerca de R$ 499 bilhões de SBPE, R$ 340 bilhões com recursos do FGTS, R$ 193 bilhões em LCI e R$ 61 bilhões em CRI.

O ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga Foto: Marcio Fernandes/Estadão

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Ele explicou que, se forem feitos ajustes estruturais, a redução dos juros para cerca de 10% ao ano será o ponto em que o mercado pode voltar. Nos últimos dois meses, a curva de juro caiu de 17% para 14%, explicou o executivo. O custo do dinheiro de longo prazo vai determinar a disponibilidade do crédito para os imóveis.

A poupança, de acordo com o executivo, vai continuar sendo o principal funding de financiamento imobiliário, mas não pode ser vista como a única alternativa, dado que há quantidade limitada de recursos. A poupança traduz até certo ponto o subsídio do poupador e há um número limitado de clientes que oferecem essa oportunidade.As outras alternativas de mercado são mais caras e, embora tenham papel importante, estruturalmente só poderão ser acessadas quando houver queda do juro. Entre essas alternativas, o executivo citou as LCI e incluiu a LIG. 

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