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Mercado de petróleo continuará volátil, prevê Gabrielli

Por Daniela Milanese
Atualização:

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, prevê muita volatilidade para o preço do petróleo no mercado internacional. Segundo ele, as cotações, que atingiram novos recordes hoje, devem se manter elevadas. "Mas não é possível projetar números, porque seria preciso uma bola de cristal." O executivo acredita que não são os fundamentos que conduzem hoje o valor do produto. Para ele, os conflitos geopolíticos e a grande crise no setor financeiro estimulam a procura por contratos futuros de petróleo. Além disso, avalia, a desvalorização do dólar (moeda em que são negociados os contratos de petróleo) também tem impacto no mercado. "O petróleo sobe e o dólar cai, então a demanda não consegue fazer o seu papel de ajustar os preços." Sobre a política de preços internos da estatal, Gabrielli disse que a Petrobras continuará "seguindo a cotação internacional no longo prazo". A última vez que a companhia reajustou os derivados, como o diesel e a gasolina, foi em novembro de 2005. No entanto, ele argumenta que a valorização do real compensa a alta da petróleo nos mercados internacionais. Tanto que o preço médio praticado pela empresa no quarto trimestre de 2006 ficou em US$ 70,59 por barril, valor que avançou para US$ 89,08 por barril no mesmo período do ano passado. "Ou seja, em dólar, o preço subiu", disse. Para comparar, ele contou que os valores praticados nos Estados Unidos nesses mesmos intervalos foram de US$ 68,81 por barril e US$ 96,77 por barril, respectivamente.

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