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Mercado deve corrigir eventual distorção do câmbio, diz Meirelles

Meirelles descartou que o Banco Central venha a intervir neste mercado, dizendo que experiências no passado não foram bem sucedidas.

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje que eventuais distorções na taxa de câmbio devem ser corrigidas pelo próprio mercado. Ele citou o presidente do banco central norte-americano (Fed), Alan Greenspan, que teria dito algo semelhante a respeito de distorções cambiais. "É preciso aperfeiçoar os mercados para que eles sejam flexíveis e possam absorver distorções da melhor maneira possível." Meirelles descartou que o Banco Central venha a intervir neste mercado, dizendo que experiências no passado não foram bem sucedidas. O Brasil, de acordo com ele, trabalha com metas de inflação e anuncia um cronograma em que informa sua política de compras de moeda. Nesse sentido, Meirelles disse que as reservas internacionais estão mantendo o tipo de comportamento esperado de uma política bem sucedida. Na apresentação que fez, Meirelles se referiu a uma meta de US$ 48 bilhões para as reservas no final do ano. Mas explicou que esse volume não levava em conta as compras feitas neste mês. Ao descartar a atuação do governo no mercado de câmbio, Meirelles citou o caso da China, que tem hoje reservas de cercas de US$ 800 bilhões, com perspectiva de atingir US$ 1 trilhão em breve. "Isso sim é uma distorção importante", afirmou, referindo-se ao uso dessas reservas para a preservação de uma taxa de câmbio depreciada. "Tirando essa idiossincrasia chinesa, não há exemplo bem-sucedido de intervenções no câmbio. Segundo ele, a taxa de câmbio reflete o fluxo comercial, a recuperação do investimento direto estrangeiro e a confiança na economia brasileira", destacou. Cotações O leilão de swap cambial reverso - operação realizada pelo BC no mercado futuro de dólar com o objetivo de reduzir a queda do dólar frente ao real - realizado nesta manhã não conseguiu conter a baixa da moeda norte-americana. Para completar o quadro que levou o dólar a acumular uma queda de 1,30% ao final da manhã (R$ 2,205) houve os rumores de que uma entrada de US$ 300 milhões estaria em curso. Desde a semana passada, conforme adiantou a Agência Estado, os operadores comentavam essa operação. Hoje, ela mexeu com os preços - uma entrada de dólar provoca a depreciação da moeda frente ao real.

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