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Mercado do luto também atrai startups

A atuação delas vai desde a facilitação de processos burocráticos quanto a propostas para o ritual de despedida

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Por Fernanda Guimarães
Atualização:

O mercado que envolve a morte também está atraindo um número cada vez maior de empresas de tecnologia, já batizadas de “death techs”. A atuação delas vai desde a facilitação de processos burocráticos, como o inventário, quanto a propostas para o ritual de despedida, que teve de ser pensado com as restrições impostas pela pandemia.

Nos Estados Unidos, uma startup chamada Cake viu seus negócios crescerem em ritmo acelerado nos últimos meses. Trata-se de uma plataforma que ajuda qualquer pessoa a planejar questões relacionadas à própria morte, passando por assuntos legais, memorial e até mesmo últimos desejos. 

O mercado que envolve a morte também está atraindo um número cada vez maior de empresas de tecnologia, já batizadas de “death techs” Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

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Em tempos de pandemia, a plataforma inclui um passo a passo de como organizar um funeral digital, por exemplo. A cofundadora e presidente da startup, Suelin Chen, afirma que a demanda, na pandemia, subiu cerca de 10 vezes, para um volume de 30 milhões de visitantes no site por ano.

No Reino Unido, a startup QR Memories também atua com homenagens, com uma ideia inovadora. A ideia foi criar uma placa de aço com um QR code cortado a laser para ser anexado ao túmulo. Com um telefone, o visitante pode fazer a leitura do código, que leva a uma página da web com fotos, informações e às músicas preferidas da pessoa homenageada. “Muitas pessoas usaram nossas páginas para celebrar essa nova conexão”, diz o fundador da QR Memories, Stephen Nimmo. 

No Brasil esse mercado também começa a ser explorado, diz a sócia da consultoria Flow Death Care, Gisela Adissi. “Tem muita coisa acontecendo e, por aqui, as pessoas também ficaram mais dispostas a abraçar essas novidades”, afirma.

A startup Benefício Legal, por exemplo, tem na prateleira o produto de assistência ao inventário. “As pessoas não sabem o que é inventário, que é uma demanda legal que não pode ser adiada”, explica o sócio-fundador da empresa, Fabiano Moraes. A venda do produto ocorre, principalmente, por meio do plano funeral. Ou seja: o cliente, ao contratar esse seguro, terá também a assistência na hora de fazer o inventário, desde que o mesmo seja um consenso entre os familiares. 

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