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Mercado eleva expectativa de juros após reunião do Copom

As projeções para a taxa básica de juros foram de 11,5% para 11,75% ao ano

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma semana depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzir o ritmo de cortes dos juros de 0,5 para 0,25 ponto porcentual, os analistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para a taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 13% ao ano), no fim de 2007. A estimativa foi de 11,5% para 11,75% ao ano em pesquisa semanal divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). As estimativas de taxa média de juros deste ano também aumentaram e avançaram de 12,20% para 12,22% ao ano. A expectativa do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 4,07% para 4,09%, abaixo da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional para este ano, de 4,50%. Para fevereiro, as estimativas de IPCA subiram de 0,47% para 0,48%. As estimativas de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, em contrapartida, ficaram estáveis em 2,73% pela terceira semana consecutiva. Para este ano, as projeções de expansão do PIB também não mudaram e prosseguiram em 3,5% pela 22º semana consecutiva. A estabilidade coincidiu com a divulgação na semana passada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que tem como objetivo fazer a economia crescer a taxas de 5% ao ano. Superávit Após a divulgação do Programa de Aceleração do Crédito (PAC), as projeções do mercado financeiro para o superávit primário do setor público neste ano caíram de 4,25% para 4,13% do PIB. Durante o anúncio do PAC, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o governo enviaria uma projeto de lei ao Congresso Nacional propondo o aumento dos limites de gastos com o PPI de 0,2% para 0,5% do PIB. Na prática, a elevação abre a possibilidade da redução da meta de superávit primário de 4,25% para 3,75% do PIB. Depois da divulgação do PAC, Mantega começou a alertar para a possibilidade do superávit permanecer dentro da meta em função de uma eventual elevação das receitas. IGP-M As projeções do mercado financeiro para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) deste ano subiram de 4,16% para 4,18%. Apesar da alta, o porcentual estimado ainda é menor que os 4,29% projetados há quatro semanas. As estimativas de mercado para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) deste ano ficaram estáveis em 4,22%. Para a variação do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (IPC-Fipe) neste ano, as projeções recuaram de 3,96% para 3,95%. Dívida A expectativa do mercado para a dívida líquida do setor público neste ano ficaram estáveis em 48,8% do PIB. A estabilidade pôs fim a uma seqüência de duas semanas seguidas de reduções destas previsões, que estavam 49% do PIB há quatro semanas. Para 2006, as projeções de mercado para a dívida líquida também não mudaram e prosseguiram estáveis em 50% do PIB. Já as previsões para o superávit da balança comercial neste ano subiram de US$ 38,80 bilhões para US$ 39 bilhões. As estimativas de mercado para o superávit em conta corrente deste ano ficaram estáveis em US$ 7 bilhões. Câmbio As projeções para a taxa de câmbio no fim do ano ficaram estáveis em R$ 2,20. As estimativas de taxa média de câmbio para este ano também não mudaram e prosseguiram estáveis em R$ 2,18. As projeções do mercado financeiro para o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) neste ano subiram de US$ 16,50 bilhões para US$ 17 bilhões. Esta foi a segunda elevação consecutiva destas previsões, que estavam em US$ 16,10 bilhões há quatro semanas. No ano passado, os investimentos diretos ficaram acima dos US$ 18 bilhões. Matéria alterada às 13h29 para acréscimo de informações

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