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Mercado em compasso de espera por decisão do Copom

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado de juros entrou em ritmo de compasso de espera pela decisão do Comitê Política Monetária (Copom) do Banco Central, que realizou hoje a primeira etapa de sua reunião, da qual sairá a definição sobre a nova taxa Selic. Os especialistas apostam em uma elevação dos juros básicos entre um e dois pontos percentuais. A expectativa majoritária, no entanto, é de que a nova Selic ficará em 26,5%, um ponto mais alta, portanto, do que os 25,5% atuais. A inflação, que ainda não apresentou sinais firmes de arrefecimento, é a principal justificativa para a aposta do mercado. Os contratos carregam prêmios compatíveis com a idéia de uma elevação do juro entre 1 e 1,5 ponto percentual (segundo as contas de operadores, o DI de março, que fechou com taxa de 26,20%, "aguentaria" uma elevação de 1,25 ponto). E devem ficar "de lado" até a divulgação do resultado da reunião, que acontecerá amanhã, por volta das 13h30. Ainda que o presidente dos Estados Unidos, George Bush, tenha dito não temer pacifistas, e que estes não orientariam suas decisões como chefe de Estado, o mercado optou por recompor preços nesta terça-feira, pois a expectativa do ataque ao Iraque ficou adiada para o início de março. Foi este pragmatismo que norteou os negócios hoje, mesmo com a ausência de muitos players em Wall Street por causa das nevascas que acontecem na região. Às 18 horas, o índice Dow Jones subia 1,62% e a Nasdaq 2,83%. A Bovespa pegou carona neste movimento e fechou em alta de 2,56%, com volume financeiro de R$ 580 milhões. O dólar permaneceu em queda e com baixa volatilidade pelo segundo dia consecutivo. Afastado momentaneamente o risco iminente da guerra, os players operaram na expectativa do comportamento das instituições em relação à devolução ao Banco Central em reais das linhas de crédito para exportação adquiridas no ano passado e que vencem a partir desta sexta-feira, num total este mês de US$ 613,7 milhões. O "pronto" oscilou 0,64% no dia e fechou em baixa de 0,77%, a R$ 3,592.

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