PUBLICIDADE

Mercado espera alta mais moderada do juro até dezembro

Ao mesmo tempo, analistas elevam as estimativas para a inflação; IPCA deve encerrar o ano com alta de 6,23%

Por Reuters
Atualização:

Analistas reduziram suas projeções para o patamar que o juro básico do País deverá estar em dezembro, faltando uma semana para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, ao mesmo tempo em que elevaram as estimativas para a inflação em 2008 e 2009. De acordo com levantamento feito pelo Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 20, os analistas consultados apostam que a taxa básica de juro  - a Selic - encerrará o ano em 14,50% e não mais em 14,75% como estimado até a semana retrasada.   Veja também: Entenda os principais índices  De olho na inflação, preço por preço  Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos A cronologia da crise financeira  Dicionário da crise     A nova projeção indica que os analistas esperam um aumento mais moderado da taxa ao longo das próximas duas reuniões do Copom, a primeira na próxima semana e a última em dezembro.   Para dezembro de 2009, entretanto, os analistas mantiveram a mesma projeção: juro a 13,50%. Atualmente a Selic está em 13,75%. A taxa vem sendo elevada desde abril, quando o BC deu início ao atual ciclo de aperto monetário com o objetivo de trazer a inflação de volta ao centro da meta já em 2009.   Ao longo das últimas semanas a crise financeira internacional se agravou e o Banco Central do Brasil adotou uma série de medidas para garantir o fluxo de recursos no mercado de crédito do país.   Inflação alta   A aceleração dos primeiros indicadores de inflação de outubro gerou efeitos sobre as projeções dos analistas consultados pelo Banco Central. De acordo com a pesquisa, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano com alta de 6,23%, acima dos 6,20% estimados na pesquisa passada.   Para 2009, a projeção foi elevada para 4,90%, ante 4,80% no levantamento anterior. O governo definiu para os dois anos uma meta de inflação de 4,5%, com margem de variação de 2 pontos porcentuais, para cima ou para baixo.   Os primeiros indicadores de preços em outubro mostraram uma retomada do ritmo de aceleração. Nesta segunda-feira, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) subiu 0,86% na segunda leitura de outubro, ante alta de 0,04% no mesmo período de setembro.   Em termos de crescimento, os analistas consultados pelo BC esperam um avanço de 5,22% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2008, ante 5,23% na pesquisa passada. Para 2009, a estimativa caiu de 3,50%, para 3,35% de expansão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.